Quem lá passa não consegue ficar indiferente. Às portas de Vila do Conde, ao lado da EN13, de face voltada para o Estádio dos Arcos, está a nascer um megaempreendimento comercial e residencial a cargo de duas empresas de Braga. Esta obra vem reabilitar aquele quarteirão onde, anteriormente, se situava a fábrica de conservas Belamar. E o novo espaço terá o mesmo nome: Complexo Belamar.
A construção segue agora em bom ritmo, depois de alguns percalços e um breve embargo da obra, fruto de uma “falha de comunicação” entre os promotores e a Câmara de Vila do Conde. Desentendimentos à parte, o projeto, que iniciou em janeiro e foi interrompido em fevereiro, está novamente sob andamento, com centenas de trabalhadores num esforço diário para completar o mais rápido possível esta que será uma das grandes novidades para os veraneantes, turistas e residentes naquela cidade que já pertence ao distrito do Porto.
A nova área contemplará um hipermercado, espaços comerciais, um ginásio e um edifício residencial com apartamentos T1, T2 e T3, bem como um hotel e lojas de serviços. O hipermercado, da marca Auchan, está a ser construído do lado mais a Norte, pela empresa Castro Group, de Braga.
O ginásio ocupará 1.096 metros quadrados (m2), a área residencial 4.731m2, o hotel 3.024m2 e a zona comercial 12.156m2, num total de quase 20 mil metros quadrados de empreendimento.
Já o novo Auchan insere-se num edifício que contará, ainda, com pequenos espaços comerciais complementares, ocupando cerca de 9.000 metros quadrados com direito a 356 lugares de estacionamento coberto. “Será uma nova praça central à vida da cidade”, considera a firma bracarense, que é também responsável por outros projetos em curso, como é o caso da ‘silicon valey’ à portuguesa, que está a nascer em Matosinhos.
Já o restante complexo, que inclui os apartamentos, espaços comerciais, o ginásio e o novo hotel, está a cargo da empresa José Castro & Filhos, e decorre igualmente a bom ritmo. Segundo esta empresa, o complexo Belamar vai dar “uma segunda vida à antiga fábrica de conservas com o mesmo nome” e “vem engrandecer uma das entradas de Vila do Conde, trazendo uma nova luz e dinamismo a esta parte da cidade”.
“A modularidade num edifício de gesto único, a fluidez de acessos e percursos – que aproveita e valoriza o declive do terreno – e a simbiose entre arquitetura e natureza são algumas das características deste novo quarteirão, que pretende tornar-se um símbolo arquitetónico do município”, salienta uma nota do grupo.
E prossegue: “Espelho da arquitetura de referência internacional, o Belamar assenta num conjunto de princípios que promovem a funcionalidade, a beleza e a proximidade como atributos incontornáveis para a qualidade de vida nas cidades”.
O valor de investimento não foi divulgado.