O núcleo de Braga da Iniciativa Liberal propôs esta quarta-feira uma maior cooperação com a cidade ucraniana de Ivano-Frankivsk, geminada com Braga, num estreitar de laços de amizade entre as duas “cidades-irmãs”.
Em comunicado, a estrutura política relembra que desde 2016 que as duas cidades têm vindo a fomentar os seus laços de amizade, promovendo parcerias conjuntas, e é por isso, e tendo em conta, os mais recentes acontecimentos na Ucrânia, que a Iniciativa Liberal de Braga vem “propor um conjunto de iniciativas que visam reforçar a solidariedade entre ambos os povos”.
A IL destaca que a sociedade bracarense é constituída por uma comunidade ucraniana de relevo “que, neste momento, vive momentos de aflição e preocupação com a presente situação de guerra na Ucrânia”.
“Mais do que nunca, pretendemos reforçar os nossos laços de amizade, demonstrando a nossa disponibilidade para apoiar diretamente todos aqueles nas suas mais variadas necessidades – por aqui passa também a nossa total abertura em receber refugiados, pessoas com necessidades especiais, ou crianças órfãs e mulheres com filhos. O nosso apoio está com os mais vulneráveis desta guerra”, refere a IL de Braga.
E deixa uma proposta: “Propomos, por isso, à Câmara Municipal de Braga, que dentro dos apoios e iniciativas que tem desenvolvido nesta matéria, avalie a oferta de cooperação humanitária (como por exemplo, a integração e acolhimento de refugiados) entre as duas cidades que partilham entre si, um património humano e cultural digno de nota”.
“Tendo em conta a tragédia humana que assola a Ucrânia, a Iniciativa Liberal de Braga vem, assim, solicitar um reforço das relações de solidariedade com Ivano-Frankivsk”, refere a nota.
A IL condena ainda “de forma veemente, esta guerra”, destacando as palavras da escritora ucraniana, Prémio Nobel da Literatura de 2015, Svetlana Alexijevich, nascida em Ivano-Frankivsk: “Como podemos preservar o nosso planeta onde meninas supostamente deveriam estar dormindo nas suas camas e não estiradas mortas no chão, com as tranças soltas? Devemos fazer algo para que a infância nunca mais seja chamada de infância de guerra”.