Lídia Dias, vereadora do CDS, renunciou ao mandato na Câmara de Braga, e o seu lugar será ocupado por Francisco Mota, nome seguinte na lista.
Em comunicado, a autarquia explica que os pelouros da Educação e Cultura, que eram da responsabilidade da centrista, passam até final do presente mandato, para a vice-presidente, Sameiro Araújo, no caso do pelouro da Educação, e para o presidente, Ricardo Rio, no caso do pelouro da Cultura.
A renúncia apresentada deverá ser formalmente aceite pelo Executivo Municipal na próxima reunião deste Órgão (13 de setembro de 2021), momento em que inicia funções o candidato seguinte da lista da coligação indicado pelo CDS-PP, Francisco Mota, enquanto vereador sem pelouro.
Como O MINHO noticiou, Francisco Mota queria integrar as listas da Coligação Juntos por Braga, tendo lançado, nesse sentido, uma petição que foi assinada por 1.200 pessoas. No entanto, o seu nome foi rejeitado quer por Rui Rio, quer por Altino Bessa, líder da concelhia.
Também em rota de colisão com a Concelhia centrista, Lídia Dias, que voltará à função de Educadora de Infância no Colégio D. Diogo de Sousa, apresentou em março a sua demissão de vogal da comissão executiva da direção do CDS, assumindo, então, em declarações a O MINHO, que não se recandidataria a um terceiro mandato.
Francisco Mota: “É apenas por pouco mais de um mês, mas poderia ser por um dia”
Entretanto, Francisco Mota emitiu comunicado onde garante que assumirá “este compromisso, sob um olhar atento e fiscalizar da atividade do executivo municipal, com responsabilidade e nunca em oposição a Braga ou aos Bracarenses”.
Afastado das listas à Câmara de Braga, ex-líder da JP abandona a política
“É o culminar de um percurso político que me honro de servir as nossas gentes e a nossa terra. Pelos valores da lealdade, gratidão e solidariedade sempre mantive um compromisso de dedicação e entrega inegável e assim será a minha postura de hoje em diante”, acrescenta.
O ex-líder da JP considera que “é apenas por pouco mais de um mês, mas poderia ser por um dia, valeria sempre a pena, porque tudo vale a pena quando é por Braga e por aquilo em que acreditamos convictamente”.
“Só quem é de Braga e sente esta terra como sua, que sabe o orgulho e o privilégio, que é assumir este lugar em nome de todos os Bracrarenses. Muito mais, quando vou substituir a vereadora Lídia Dias”, conclui.
O novo vereador deixa ainda elogios a Lídia Dias: “É uma democrata cristã convicta que empregou os valores do humanismo na sua ação política. Devolveu a esperança numa cultura de todos e para todos e emprestou a sua experiência profissional em prol de uma educação em liberdade para as famílias e jovens bracarenses, mesmo quando foi preciso combater o poder instalado. Foram oito anos de uma dedicação e profissionalismo reconhecido pelos seus pares, que a seguirá para o resto da vida como serviço e missão em prol da causa pública”.
“Estou convicto que este não é um adeus mas um até já de quem vive a política de forma apaixonando, mas livre, sem que as circunstâncias alguma vez consigam condicionar os princípios e os valores que norteiam os Homens bons”, conclui.