O candidato do Chega à Câmara de Ponte da Barca, Paulo São José, lamentou hoje a ausência de elementos do concelho na sua lista, por “medo de represálias”, mas está confiante de que irá “eleger dois vereadores para a autarquia”.
“O meu objetivo era ter pessoas do concelho na minha lista. Falei com muitas que votam no Chega e ninguém quis integrar a lista com medo de represálias por ser um meio pequeno, o primo ou o sobrinho trabalham ou têm qualquer ligação à Câmara”, disse hoje à agência Lusa, Paulo São José.
Segundo o comerciante de produtos alimentares de 54 anos, natural do concelho de Aguiar da Beira, distrito da Guarda, e residente no Porto, a lista que concorre àquela autarquia “é toda composta por elementos do Porto”.
Paulo São José disse ter aceitado ser candidato à Câmara de Ponte da Barca “pela enorme paixão” que sente pelo município, onde o Chega “não apresentou lista para a Assembleia Municipal”.
“Gosto muito daquela terra e acho que podem ser feitas muito mais coisas que não estão a ser feitas”, afirmou.
Com o nono ano de escolaridade, o candidato do Chega garantiu que “a grande aposta da sua candidatura será a juventude”.
“Queremos criar um centro tecnológico para a juventude, para a criatividade da juventude, apoiar muito a juventude”, especificou, garantindo que é também intenção da sua candidatura “clarificar as contas da Câmara Municipal”.
Além da candidatura do Chega, concorrem às eleições autárquicas o PSD, que recandidata Augusto Marinho a segundo mandato, Pedro Lobo pelo PS, Afonso Graçoeiro Gonçalves pela CDU e David Nunes pelo CDS-PP.
Nas autárquicas de 2017, o PSD conquistou 67,81% dos votos e seis mandatos, o PS conseguiu 17,68% dos votos e um mandato autárquico. O CDS-PP 5,62% e o PCP 3,86% dos votos.
As eleições autárquicas decorrem dia 26 de setembro.