Na quarta-feira, dia 14, houve um número recorde de desmaios após a inoculação com a vacina da Janssen, no Centro de Vacinação, em Guimarães. Quem o diz são alguns dos profissionais que ali trabalham regularmente e os próprios utentes.
O ACES do Alto Ave, questionado por O MINHO sobre este número elevado de reações adversas à vacina, não confirma os números anormais.
“Ocorrem algumas situações fugazes, em termos genéricos com todas as vacinas”, afirma José Novais de Carvalho, o diretor clínico do ACES do Alto Ave, salvaguardado que, por estar no exterior, não podia confirmar os números.
Recorde-se que a modalidade “casa aberta”, que permitia a vacinação dos maiores de 40 anos sem agendamento prévio, foi interrompida esta quinta-feira, dia 15, na sequência da suspensão do lote da vacina da Janssen, após o reporte de reações adversas em Mafra.
A Task Force fez saber que o lote em causa estava a ser usado em vários centros de vacinação do país, não estando restrito aquela região. Contudo, não precisou quantas doses da vacina tinha o lote, nem os locais onde estava a ser aplicado.
Aos principais jornais nacionais a Task Force afirmou não ter, até agora, conhecimento de outros casos de reação adversa sem ser em Mafra.
O que parece certo entre os profissionais que estiveram de serviço na quarta-feira, no Centro de Vacinação de Guimarães, é que a reações adversas foram em muito maior número e concentradas nos homens que fizeram a vacina da Janssen.
“Houve muito mais casos de lipotimia durante o dia e concentrados nos homens que estavam a fazer a vacina de Janssen”, afirma um dos profissionais que falou com O MINHO. “Esporadicamente vai havendo casos de reação, mas ontem (quarta-feira) foram definitivamente mais”, afirma outro profissional.
A vacina da Janssen, vacina de uma só toma, está indicada para homens com mais de 18 anos e mulheres com mais de 50.
O diretor clínico do ACES do Alto Ave sublinha que “houve problemas apenas com um lote da Janssen e que outras regiões que estão a vacinar com outros lotes continuam normalmente”. “Penso até que as dúvidas relativamente a esse lote já estão ultrapassadas”, afirma Novais de Carvalho.