O programa lançado pela Câmara de Guimarães para apoiar a economia local, “Retomar Guimarães”, exige que as faturas de janeiro e fevereiro, comprovativas das despesas elegíveis, sejam entregues até 31 de maio, mas o programa só foi apresentado a 17 de junho.
O programa “Retomar Guimarães” assume despesas de metade dos encargos mensais com as faturas de gás, eletricidade, água, saneamento e resíduos sólidos dos empresários individuais e empresas, cuja atividade foi afetada pela pandemia da covid-19.
De acordo com o regulamento do Programa, “são elegíveis para apoio as despesas efetivamente pagas das faturas de energia e ambiente do ano de 2021 que representem um valor inferior ao período homólogo de 2019”.
Na apresentação da proposta, em abril deste ano, o vereador do PSD, Ricardo Araújo, criticou o executivo socialista, por a medida só surgir naquela altura e por se tratar de um plano decalcado do “Retomar Famalicão”.
A Coligação Juntos por Guimarães em abril de 2020, sugeria a criação de um fundo que permitisse fazer empréstimos, reembolsáveis, sem juros e com um período de carência.
Em outubro a Coligação voltava a sugerir uma linha de apoio, sob a forma de financiamentos não reembolsáveis, desta vez para os setores mais afetados, nomeadamente a restauração e hotelaria.
A restauração e a hotelaria acabaram por ficar de fora do “Retomar Guimarães”.
A Associação Vimaranense de Hotelaria, em comunicado, já se veio revelar perplexa e afirma que há revolta entre os seus associados perante este programa de apoio à economia local.