Mário Constantino apresentou, esta segunda-feira, a sua candidatura à Câmara de Barcelos pelo PSD, criticando os “doze intermináveis anos” em que o concelho “viveu nas trevas” sob a liderança do PS.
Como O MINHO noticiou, o professor e advogado, atual vereador e que já fora o candidato em 2017, foi o escolhido pela Nacional do partido, que contrariou a Concelhia, que aprovara “por unanimidade” o empresário têxtil João Sousa.
Mário Constantino considera que as próximas eleições são “um momento muito importante” em que os barcelenses poderão refletir e avaliar “o trabalho desenvolvido pelo executivo socialista”.
Considera que a candidatura do PSD é “alicerçada num projeto e não numa mera lógica de poder”, Mário Constantino, no seu discurso de apresentação, ataca os socialistas: “Todos nós temos consciência de que Barcelos parou no tempo, estagnou e viveu nas trevas ao longo de 12 intermináveis anos, pelo que urge apelar ao espírito resiliente, guerreiro e empreendedor dos homens e mulheres deste concelho e criar um movimento de esperança que recupere o orgulho, o brio e a honra dos barcelenses”.
“Esta é uma oportunidade única de mudar radicalmente a face da política concelhia e tornar Barcelos um concelho mais justo e equitativo, mais moderno e competitivo, mais atrativo e ambicioso”, acrescenta.
E completa: “Não estou sozinho neste percurso e conto associar a esta candidatura, que lidero, as melhores equipas e as pessoas mais capazes para desenvolver o projeto que tenho para Barcelos”.
Recorde-se que, como O MINHO noticiou, o PSD tem um acordo de coligação com o movimento Barcelos, Terra de Futuro, liderado pelo ex-vice-presidente socialista Domingos Pereira.
“Hoje mais do que nunca (2017), a minha proposta para Barcelos e a nossa candidatura fazem muito mais sentido, porque, como facilmente se constata, todas as ideias que apresentamos continuam válidas, continuamos a pugnar pela estabilidade, pela credibilidade, pela inovação e pela ambição de um concelho Mais desenvolvido”, defende o candidato social-democrata.
Mário Constantino diz que “o atual executivo Camarário não cumpriu a palavra dada e gorou todas as expectativas”.
“Os atuais responsáveis políticos, em vez de pensarem em Barcelos, pensaram apenas no seu poder pessoal, envolveram-se em trapalhadas atrás de trapalhadas, o que não dignifica nada nem ninguém e, sobretudo, arrasta o nome de Barcelos para o domínio da fofoca e do diz-que-disse. Para além disso, tiveram uma gestão errática e demonstraram falta de preparação, de estratégia e de visão para aproveitar as potencialidades da nossa terra e a criatividade, empenho e energia das nossas gentes”, critica.
O professor e advogado clasifica de “inaceitável” que, ao fim de 12 anos, o PS “ainda não tenha resolvido a questão da concessão, “com os prejuízos que dai advirão para os cofres do município”; não tenha conseguido captar investimento (sobretudo fundos comunitários) para as obras estruturantes e decisivas para o desenvolvimento de Barcelos, “não conseguindo ombrear com os municípios vizinhos e ficando muito aquém da pujança dos empreendedores e das empresas Barcelenses, no que concerne ao aproveitamento de fundos comunitários”.
“Não me revejo minimamente nesta forma de fazer política”, reforça Mário Constantio, falando de uma “política pela positiva e não em nome de interesses próprios e inconfessáveis”.
“É urgente que Barcelos volte a ter um Presidente de Câmara liderante, com ideias novas, que imprima uma dinâmica jovem, que atraia investimento, que promova parcerias com os nossos empresários, com os Estabelecimento de Ensino Superior, com as nossas coletividades, com as nossas associações, mas, essencialmente, que faça os Barcelenses participarem de forma ativa na gestão camarária, que abra a câmara às pessoas”, afirma.
O candidato do PSD aponta a obras estruturas como a construção do novo Hospital, a conclusão da circular Urbana, a supressão das passagens de nível dentro do perímetro urbano, as margens ribeirinhas com parques de lazer e desportivos, a ligação da central de camionagem ao centro da cidade (pedonal e rodoviária) e um novo acesso à autoestrada.
“Este é um projeto inclusivo, queremos congregar o apoio de todos os barcelenses, independentemente das suas convicções ideológicas”, destaca Mário Constantino, confiante que o PSD vai “ganhar as próximas eleições”.
Os sociais-democratas perderam a Câmara para o PS em 2009. Desde então, o presidente da Câmara é Miguel Costa Gomes, que já não se pode recandidatar.
O processo de escolha do candidato do PSD não foi pacífico, tendo levado à demissão do anterior presidente da Concelhia, Bruno Torres, por aquele órgão ter rejeitado o seu nome por apenas um voto.
Do lado do PS, o Secretariado da Concelhia de Barcelos indicou Horácio Barra como candidato à Câmara e Miguel Costa Gomes à Assembleia Municipal.