A esposa do homem que foi acusado de ter apalpado uma mulher na via pública, na quarta-feira, em Braga, apresentou hoje queixa na Polícia Judiciária por difamação.
Contactada por O MINHO, a esposa do visado diz que o marido “não fez nada” e que as queixas que vieram a público durante o dia de ontem nada mais são do que uma tentativa de extorsão de dinheiro.
Na quarta-feira, uma cidadã de nacionalidade brasileira difundiu através da sua conta pessoal do Instagram um vídeo onde acusava um homem de a ter apalpado no parque do Continente, em Maximinos.
A mulher filmou o momento em que foi atrás do alegado assediador perguntando-lhe os motivos do alegado apalpão, mas onde este nunca respondeu, continuando a andar em direção à entrada do supermercado.
Em conversa telefónica com O MINHO, nesta quarta-feira, a mulher do visado diz que este não é o primeiro caso tornado público de um alegado assédio na cidade de Braga nos últimos dias, concluindo que se trata de um plano concertado entre mulheres para tentar extorquir dinheiro a homens que passam na via pública.
“Neste momento são duas mulheres a tentar extorquir dinheiro ao meu marido e houve outra situação idêntica com outro homem na Avenida da Liberdade”, conta a mulher, cuja identidade decidimos não divulgar.
Questionada sobre se o marido seria capaz de assediar mulheres na via pública, a mulher acha inconcebível essa situação, afirmando que ele “nunca faria isso”.
“Acho que ele nunca faria isso, tenho a família toda dele a dizer que ele não é assim, eu também o conheço e sei que não faz nada disso e tenho várias pessoas que podem testemunhar, como a irmã e uma tia”, conta.
Para desmistificar a acusação, a mulher do visado diz que é possível ver que existiam mais pessoas ao redor quando terá acontecido o alegado apalpão e que “ninguém fez nada”.
“Se ele tivesse mesmo apalpado, os senhores que iam ao lado dele tinham certamente atuado, mas não fizeram nada”, contrapõe.
A mulher explica que estava com o marido junto ao supermercado em Maximinos quando este voltou a casa para “buscar um documento” e quando regressou contou que uma mulher estava exaltada com ele na rua.
“Se tivesse mesmo apalpado, ela tinha ficado mais nervosa, mas vê-se que as imagens estão muito direitas, não é normal alguém que acabou de ser vítima de assédio não estar a tremer”, afirma, reforçando que “se tivesse apalpado, ela tinha filmado a cara e não as costas”.
Esta situação levou a que o casal se deslocasse também à Polícia Judiciária, esta quinta-feira, para apresentar queixa por difamação contra a mulher que se queixa de ter sido apalpada.
“Estávamos no sofá e de repente a minha cunhada na Alemanha ligou a dizer que o Luís [nome fictício] estava a ser acusado nas redes sociais de ter apalpado uma mulher”, conta.
A mulher do alegado agressor diz não conhecer a suposta vítima “de lado nenhum”. Acrescenta ainda que a mesma terá colocado fotos nas redes sociais onde aparecem os filhos do casal e que irá apresentar uma futura queixa também por causa dessa situação.
Recorde-se que, na quarta-feira, uma cidadã apresentou queixa na Polícia Judiciária (PJ) por assédio sexual depois de, alegadamente, ter sido apalpada no parque de estacionamento do Continente de Maximinos, que fica a poucos metros da sede da PJ de Braga. A apresentação da queixa foi confirmada a O MINHO por fonte daquela polícia.