Ricardo Conde, 54 anos, engenheiro eletrotécnico e de computadores natural de Cerveira, é o novo presidente interino da Agência Espacial Portuguesa.
A Câmara de Cerveira congratulou-se, esta quinta-feira, com “esta nomeação de prestígio”.
“É com grande orgulho que recebemos a notícia de um cerveirense a ocupar um cargo de tamanho prestígio, sendo que não poderíamos deixar de felicitar publicamente Ricardo Conde por esta nomeação. Desejamos votos de sucesso no exercício das suas novas funções”, afirma o presidente da Câmara, Fernando Nogueira, em comunicado.
Ricardo Conde assumiu a presidência da Agência Espacial Portuguesa depois da saída da cientista italiana Chiara Manfletti, que esteve a chefiar a organização durante um ano e meio e regressou esta semana à ESA para dirigir o Departamento de Políticas e Programas na Holanda.
Segundo o jornal Expresso, a assembleia-geral realizou-se nesta segunda-feira e escolheu este membro da direção da agência para presidente interino.
Entretanto, será lançado um concurso internacional para a seleção de um presidente efetivo, estando prevista a conclusão do processo no verão de 2021.
Ricardo Conde, de 54 anos, é Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e tem uma pós-graduação em tecnologias espaciais. Está ligado ao setor aeronáutico e espacial desde 1993, tendo participado em vários programas nacionais e internacionais nesta área, em particular nos segmentos Espaço e Terra. Foi responsável pelo desenvolvimento de negócios de “Ground Segment” da Edisoft, SA (Grupo Thales) e integra a direção da Agência Espacial Portuguesa desde 2019.
Segundo comunicado da Agência Espacial Portuguesa, o novo presidente “pretende reforçar as linhas de orientação traçadas na estratégia nacional Portugal Espaço 2030, promovendo na próxima década a criação de mil postos de trabalho qualificados no sector espacial em Portugal, juntamente com a multiplicação por pelo menos dez vezes do atual volume de negócios do setor espacial, de forma a atingir cerca de 500 milhões de euros em 2030”.
De referir que a Agência Espacial Portuguesa é uma organização privada sem fins lucrativos, criada pelo Governo português. Tem como principal objetivo promover e fortalecer o espaço em Portugal, atuando como uma unidade de negócio e desenvolvimento para universidades, entidades de investigação e empresas.