O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje dados sobre a média de infetados por concelho, relativamente a cada 10 mil habitantes, referindo que “a expressão da pandemia continua a ser caracterizada por uma elevada heterogeneidade territorial”. Dos 53 municípios acima da média nacional, doze estão no Minho.
“A partir do final de agosto observa-se uma tendência de aumento do número de novos casos de covid-19, com valores acima de 2.500 novos casos a partir de 07 de setembro (valores acumulados dos últimos 7 dias) e atingindo os 3.075 novos casos (correspondentes a 3,0 novos casos por 10 mil habitantes) a 09 de setembro”, refere o INE.
Em 06 de setembro, data de referência dos últimos dados divulgados pela DGS ao nível municipal, por cada 10 mil habitantes, registaram-se, 2,4 novos casos de covid-19, sendo que em 53 municípios este valor foi superior. Doze deles estão nos distritos de Braga e Viana do Castelo.
Muito acima da média nacional encontra-se o município de Guimarães, com mais de sete casos confirmados por cada 10 mil habitantes.
Já com média de entre e 2,4 e 7 casos por cada 10 mil habitantes, encontram-se outros onze concelhos minhotos: Famalicão, Vizela, Póvoa de Lanhoso, Amares, Terras de Bouro, Vila Verde, Cabeceiras de Basto, Ponte da Barca, Monção, Cerveira e Caminha.
Na região Norte, 29 municípios registaram um valor acima da média do país, salientando-se os municípios de Arouca, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Santo Tirso, Paredes, Lousada, Felgueiras, Paços de Ferreira, Castelo de Paiva e Penafiel.
Com valores superiores a sete novos casos por 10 mil habitantes, destacavam-se, ainda, os municípios de Sernancelhe (Douro) e Vimioso (Terras de Trás-os-Montes).
Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), do total de 18 municípios, 11 apresentaram valores acima do nacional: Sintra e Amadora, com cinco ou mais casos confirmados por 10 mil habitantes, seguindo-se os municípios de Vila Franca de Xira, Odivelas, Lisboa, Oeiras, Loures, Setúbal, Barreiro, Mafra e Seixal.
Também alguns municípios das regiões Centro (Arruda dos Vinhos, Santa Comba Dão, Cantanhede, Águeda e Sátão), Alentejo (Odemira, Santarém, Reguengos de Monsaraz, Campo Maior, Sines, Benavente e Mora) e Algarve (Loulé) apresentavam valores superiores ao valor nacional.
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“A análise da concentração territorial dos novos casos revelou uma tendência de aumento até 14 de junho, seguida de uma progressiva redução, atingindo-se o maior nível de dispersão territorial da série de 19 de abril a 6 de setembro, a 6 de setembro”, sublinha.
No conjunto de sete dias terminados a 06 de setembro, a AML representava 40% dos novos casos do país (28% da população residente, em 2019).
“Ao longo das últimas semanas, verificou-se também um aumento do número de novos casos na AMP, registando-se uma aproximação aos valores de novos casos confirmados por 10 mil habitantes observados para o país”.
Segundo o INE, os novos casos registados nas duas áreas metropolitanas representavam a 06 de setembro mais de metade (56%) do total de novos casos do país.
A 06 de setembro existiam em Portugal 58,8 casos de covid-19 por 10 mil habitantes.
A análise de regressão da série diária dos novos casos confirmados evidencia “uma estrutura semanal caracterizada pelo registo de um maior número de casos diários, em termos relativos, em cada semana nos dias úteis de 3ª a 6ª feira, do que os apurados nos outros dias”.