A empreitada de requalificação da escola secundária Sidónio Pais, em Caminha, orçada em 3,5 milhões de euros foi hoje iniciada, com a instalação de 15 contentores que acolherão alunos e professores durante os trabalhos, informou a câmara.
Em comunicado hoje enviado, o município do distrito de Viana do Castelo explicou que os 15 contentores “estão a ser instalados nos terrenos da escola”, sendo que a mudança das salas de aula para aqueles espaços provisórios ocorrerá “durante as férias de Natal, numa operação coordenada pela câmara, Junta de Freguesia de Caminha e Vilarelho e agrupamento de escolas Sidónio Pais”.
“Foi um processo difícil, mas conseguimos e esta é uma vitória que vai fazer a diferença nesta e nas próximas gerações. Até já havia quem se questionasse sobre se a obra da Escola Secundária Sidónio Pais seria mesmo uma realidade”, afirmou o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, citado naquela nota.
A requalificação da escola, situada num terreno 22.340 metros quadrados, na freguesia de Vilarelho, “chegou a estar prevista pela Parque Escolar”, mas, “com o abandono da estratégia delineada pelo Governo anterior, acabou por não beneficiar da intervenção”.
Em 2016, a Câmara de Caminha assinou com o Ministério da Educação o acordo de colaboração para a requalificação e modernização das instalações daquela escola. O investimento será suportado pelo Ministério da Educação, pela autarquia e financiado pelo Programa Operacional Regional NORTE 2020.
Na nota, a autarquia destacou que “o primeiro concurso público internacional da empreitada ficou deserto”, o que “forçou” a câmara “a reformular o projeto e a aumentar o esforço financeiro, lançando um segundo concurso, que teve um desfecho diferente”.
Segundo o município, a obra começou hoje “por vontade do agrupamento, por forma a acautelar, na medida do possível, a perturbação que um empreendimento desta envergadura sempre implica”.
“Temos finalmente em marcha um projeto muito ambicioso, que encomendamos a um arquiteto que é professor na escola, o que faz toda a diferença. Investimos, neste processo, três anos de trabalho, mas chegamos à obra. Porventura, ao contrário do passado, houve vontade política, fez-se o projeto e garantiu-se o dinheiro”, frisou o autarca socialista.
A obra “tem por objetivo reabilitar os edifícios existentes, respeitando a estrutura original, restaurando os revestimentos interiores, substituindo caixilharias e cobertura, entre outros aspetos”.
O complexo escolar “será ampliado, sem prejuízo dos espaços ao ar livre, e dotado de mais 15 salas de aula, sendo duas delas laboratórios”.
Daquela intervenção “resultará um conjunto funcional, moderno e sustentável, onde a comunidade escolar encontrará condições de conforto facilitadoras do ensino e da aprendizagem”.
“Esta obra é a resposta à necessidade de qualificar o nosso ensino, dotando a escola de mais e melhores meios, servindo alunos, professores, funcionários e famílias e, cumprindo com a missão nobre de melhorar o presente para transformar o futuro. Uma obra sempre pedida, sempre prometida e sempre adiada que agora se tornou realidade”, sublinhou ainda Miguel Alves, citado no documento.