A região dos Vinhos Verdes e a de Verona, em Itália, juntaram-se para um investimento conjunto de 3,4 milhões de euros em três anos, para promoção conjunta nos mercados da Dinamarca, França, Alemanha e Portugal, foi hoje divulgado.
Em comunicado, a Região dos Vinhos Verdes esclarece que foi formado um “consórcio entre a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e o Consorzio Associazione Vini Veronesi (AVIVE)”, de Verona, para a apresentação do programa ‘Quality, Authenticity and Heritage of Protected Designation of Origin’, dirigido aos consumidores da geração ‘Millennials’.
A iniciativa é financiada em 80% pela União Europeia, “no âmbito dos projetos para ações de informação sobre o regime de qualidade dos produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP)”.
De acordo com a região dos Vinhos Verdes, “o programa dirige-se aos consumidores da geração ‘Millennials’, focando a comunicação e ativação das DOP em eventos desenhados para promoção da singularidade, qualidade e diversidade dos vinhos em contexto educativo, mas também experiencial”.
“Com gestão a cargo da CVRVV, o programa integra visitas às regiões demarcadas de Verona e dos Vinhos Verdes, um plano educativo específico para distribuidores e ‘sommeliers’ e a presença em algumas das principais feiras mundiais de vinhos, nomeadamente na Alemanha e em França”, explica-se no comunicado.
A isto somam-se “outras ações destinadas ao público profissional e que estão integradas na estratégia de valorização das DOP envolvidas”.
Para Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, “é um desafio fantástico que os Vinhos Verdes estejam a desenvolver este projeto com uma prestigiada região italiana”.
“Esta oportunidade sublinha a credibilidade do nosso trabalho de promoção. Muito claramente, é para nós um passo de gigante na afirmação mundial dos Vinhos Verdes como uma grande região vinícola”, observa o presidente, citado no comunicado.
Quanto aos “principais objetivos” do projeto, passam pelo “reconhecimento dos vinhos através do selo de garantia DOP, a influência do território, dos solos, do clima e o ‘know-how’ local”.
Incluem, ainda, “o valor acrescido pelas castas autóctones e a originalidade dos vinhos DOP como resultado único do uso de recursos e condições naturais locais”.
“A cooperação e comunicação conjunta de duas importantes regiões produtoras europeias – Vinho Verde e Vini Veronesi – resulta em sinergias muito claras com um impacto esperado na comunicação integrada da imagem dos vinhos europeus, reforçando a imagem da marca europeia associada à diversidade e qualidade de produção”, acrescentam.
A Região de Verona inclui 15 DOP diferentes, entre as quais Soave, Lugana ou Bardolino, produzidas em cerca de 28 mil hectares de vinha à volta de Verona.
Estão em causa “brancos, tintos e espumantes de castas autóctones como Garganega, Corvina, Corvinone e Rondinella, entre outras, que são muito representativas da qualidade dos vinhos daquela região”.