A ausência dos municípios de Caminha e de Ponte de Lima da edição deste ano do Rali de Portugal inviabilizou a participação de Viana do Castelo que ficou “de pés e mãos atados, não conseguindo fazer um troço da prova por si só”.
“Num concelho que aposta fortemente no desporto, é uma pena ver uma prova deste calibre fugir, até porque o retorno económico para a região é enorme”, disse a O MINHO fonte da presidência da Câmara.
O autarca viananense, José Maria Costa adiantou que, “em Viana, ficaram cerca de 5 milhões, já para não falar do retorno económico da prova através dos media com a presença de meios da França, Finlândia, Bélgica, Polónia, Japão, Espanha, Suécia, Alemanha e República Checa”.
“Trazer o Rali de Portugal para o Norte foi um triunfo que obtivemos, e que obrigou a grandes esforços organizativos e financeiros. Trata-se de uma das provas mais importantes do desporto automóvel a nível mundial, senão a mais importante, e dá uma visibilidade à região que outras apostas não conseguem”, frisou.
Rali de Portugal “não tem retorno económico suficiente” para Ponte de Lima
O líder do Município diz que “foi com alguma pena que vimos nos meios de comunicação social a informação de que os municípios de Caminha e Ponte de Lima não participariam”.
Uma outra fonte ligada ao processo confidenciou que Viana ainda tentou, mas sem êxito, que a Câmara de Cerveira entrasse no projeto, para que fosse realizada uma prova abrangendo os dois territórios.
Região Centro destaca impacto económico e mediático do regresso do Rali de Portugal
Conforme foi ontem revelado, o rali regressa à zona Centro do país, com a partida em Coimbra e passagens por Lousã, Góis e Arganil, mas deixa de fora passagens por Viana do Castelo, Ponte de Lima e Caminha.
O presidente do ACP, Carlos Barbosa, vincou a expectativa da organização de este ano “aumentar o retorno” económico de 138 milhões de euros gerados na anterior edição, apesar de considerar “excecional” a magnitude dos números do ano passado.
“Este ano o Rali vai ser excecional, pois vamos, finalmente, à zona Centro, que era uma grande ambição do Rali de Portugal há já uma série de anos. Com a saída de três câmaras do Norte – Caminha, Viana do Castelo e Ponte de Lima –, pudemos fazer o troço de Góis, Lousã e Arganil. Estamos muito contentes por poder voltar ao Centro e nos aproximarmos do velho figurino do Rali de Portugal”, afirmou.
O programa do Rali conta com um percurso de 1.463,55 quilómetros, dos quais 311,59 cronometrados ao longo de 20 especiais de classificação.
O ‘shakedown’ tem lugar a 30 de maio no circuito de Baltar, em Paredes, seguindo-se a partida da porta férrea da Universidade de Coimbra.