A coligação ‘Juntos por Guimarães’ considerou hoje que 13 anos é “claramente tempo a mais” para concluir o processo de candidatura das festas Nicolinas a património imaterial da UNESCO, considerando que “se não há vontade é preciso dizê-lo”.
Na habitual conferência de imprensa após a reunião do executivo da Câmara Municipal de Guimarães, o líder daquela coligação, André Coelho Lima (PSD) referiu que “se há questões técnicas, cientificas de análise de quem está responsável pela candidatura que devem levar a uma reponderação, elas têm que ser colocadas”.
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Em resposta, pela voz da vereadora com o pelouro da Cultura, Adelina Pinto, a autarquia referiu que será apresentado dia 13 um “estudo final” sobre as festas Nicolinas (festa dos estudantes vimaranenses em honra de S. Nicolau, que dura cerca de sete dias e tem como ponto alto a noite do Pinheiro), explicando que não “há nenhuma resposta” por parte da UNESCO desde 2016, data em que foi submetida a candidatura.
“Treze anos é claramente tempo a mais. Se há questões técnicas, cientificas de análise de quem está responsável pela candidatura que devem levar a uma reponderação da parte dele, elas têm que ser colocadas e até hoje não temos conhecimento disso”, afirmou André Coelho Lima.
Para o vereador “é frustrante” que desde o anúncio da intenção de candidatar as Nicolinas a património imaterial da Humanidade já existam “quatro ou cinco diferentes realidades classificadas como património imaterial e as nicolinas nem a candidatura submeterem”.
“Isto é muito difícil de compreender quando foram a primeira intenção portuguesa”, disse.
Coelho Lima defendeu que “é preciso parar, tomar o processo em mãos, perceber o que vai ser feito em concreto. Se não há vontade, se têm duvidas, é preciso dize-lo. Agora estar parado (?) já parece que é um bocadinho de mais”.
A autarquia garante que a candidatura será uma realidade: “Depois (da apresentação do estudo] a seguir temos que avançar, ou não, para a candidatura sendo certo que já fizemos a proposta de inscrição no sítio da internet na UNESCO. A seguir a isto a nossa ideia é fazermos efetivamente a candidatura”, disse Adelina Pinto.
Segundo explicou a vereadora “a UNESCO está com grandes dificuldades. Há uma série de propostas o qual carece de alguma legislação complementar. Não há nenhuma resposta”.
“Da nossa parte o estudo está concluído e pronto para ser editado”, referiu.