O concerto das Pussy Riot está garantido no festival Vodafone Paredes de Coura. Quatro membros do grupo feminista contestatário foram condenadas a 15 dias de prisão, depois de no domingo terem invadido o campo durante a final do Mundial de Futebol, em Moscovo.
“Sabemos que a sentença foi de 15 dias. Chegarão muito a tempo de atuar no Vodafone Paredes de Coura”, disse João Carvalho, diretor do festival, à “Rádio Vale do Minho”.
“As Pussy Riot são conhecidas pelos valores que defendem. Já não é a primeira vez que são presas. Já chegaram a estar detidas durante 22 meses”.
Um tribunal de Moscovo condenou Veronika Nikoulchina, Olga Pakhtoussova, Piotr Verzilov e Olga Kouratcheva a 15 dias de prisão e à proibição de frequentarem eventos desportivos por três anos, informou o site MediaZona, especializado em justiça.
As quatro elementos foram consideradas culpadas de “violar grosseiramente as regras do comportamento dos espetadores” e condenadas à pena máxima.
As quatro mulheres entraram brevemente, no domingo, no relvado antes de serem intercetadas por ‘stewards’ (vigilantes do recinto desportivo) no minuto 53 da final entre a França e a Croácia na final do Mundial de 2018.
Poucos minutos depois, o grupo russo Pussy Riot declarou, nas redes sociais Twitter e Facebook, que seus membros estavam na origem da invasão, transmitindo também uma lista de seis exigências.
“Libertar todos os presos políticos” foi o primeiro pedido.
A ação mais conhecida do grupo Pussy Riot remonta a fevereiro de 2012, quando vários membros cantaram uma oração punk contra o Presidente russo, Vladimir Putin, na catedral de Moscovo.
Três dos cinco membros do grupo foram sentenciadas em agosto de 2012 a cerca de dois anos de prisão, designadamente por “hooliganismo motivado por ódio religioso”.
Ekaterina Samutsevich foi libertada em outubro de 2012, enquanto Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina cumpriram os 22 meses da sua sentença.
A atuação das Pussy Riot está marcada para sexta-feira, dia 17 de agosto.