O presidente da Câmara de Caminha apontou, hoje, para o final do mês, a conclusão de três intervenções de requalificação da costa do concelho, um investimento da Polis Litoral Norte superior a 1,8 milhões de euros.
Em causa, explicou hoje à agência Lusa o autarca socialista Miguel Alves, está a modernização do cais de pesca e a obra de alimentação artificial dos sistemas dunares de Camarido e Moledo.
“A obra de alimentação artificial dos sistemas dunares de Camarido e Moledo vai mesmo acabar este mês. Tinha duas partes. A primeira, dragar a areia do canal de navegação dos pescadores, está concluída há umas duas semanas. A parte de levar a areia desde a foz do Minho, onde foi depositada, até às dunas do Camarido, onde está a ser colocada, continua a decorrer, mas não irá demorar muito a terminar, apesar da incerteza do clima”, especificou Miguel Alves.
Já a intervenção no cais dos pescadores “está em fase final de acabamentos”.
“A chuva das últimas três semanas, e a que se prevê para os próximos dias, tem impedido maior celeridade da reta final, mas espera-se que a obra acabe até ao final do mês de modo a poder ser inaugurada na primeira quinzena de maio de acordo com a agenda da ministra do Mar que, desde o primeiro dia, se empenhou neste projeto e demonstrou grande vontade de estar connosco quando a obra terminasse”, destacou.
Anteriormente, a Câmara de Caminha especificou que a modernização do cais de pesca integra o projeto de requalificação da marginal do concelho, obra considerada “urgente” e que vai “beneficiar a classe piscatória que há cerca de quatro décadas esperava pela sua concretização, para garantir condições à faina, sobretudo em matéria de segurança”.
“Os trabalhos incluem o aumento da área útil do cais, prolongamento da ponte-cais, reparação e beneficiação da rampa-varadouro e das estruturas para amarração de embarcações, recuperação das escadas para acesso às embarcações, instalação de um novo guincho na rampa e o incremento da capacidade de atracação de barcos”, apontou a autarquia liderada pelo socialista Miguel Alves.
O investimento de 780 mil euros “é cofinanciado em 75% pelo Programa Operacional Mar 2020 e em 25% pela Docapesca”.
Já a obra de alimentação artificial dos sistemas dunares de Camarido e Moledo, revelou na altura aquele município, prevê “a proteção e reforço dos cordões dunares daquelas praias, através de dragagens de areias de elevada qualidade retiradas do estuário do rio Minho, e recolocadas naqueles sistemas naturais de defesa costeira”.
“Em simultâneo melhoram, com a estratégica localização dos fundos a dragar, as condições de navegabilidade de embarcações no estuário, o que se revela num contributo muito importante para a atividade da pesca local”, sustentou.
O investimento global é de 490 mil euros, com financiamento de 95% garantido pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) e 5% pela sociedade Polis Litoral Norte.
A sociedade Polis Litoral Norte, constituída, em 2009, entre o Estado e os municípios de Caminha, Viana do Castelo e Esposende, têm como objeto a intervenção numa faixa costeira de 50 quilómetros, integrando ainda as zonas estuarinas dos rios Minho, Coura, Âncora, Lima, Neiva e Cávado, numa extensão de aproximadamente trinta quilómetros. A área de intervenção totaliza cerca de cinco mil hectares e integra o Parque Natural Litoral Norte.