Turista de Gaia que caiu e bateu com a cabeça aconselha prudência nas cascatas do Gerês

Obra na “Cascata do Tahiti” ainda não começou
Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

O elevado número de turistas que este sábado demandaram até à chamada Cascata do Tahiti, em Terras de Bouro, revelaram satisfação, porque afinal vão continuar para já a usufruir daquele espaço, mas uma sinistrada chamou a atenção para os perigos.

Entre o clima de surpresa, porque o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo, tinha anunciado que a obra começaria na passada quinta-feira, com a vedação de todo o espaço envolvente, há quem alerte para toda a sinistralidade.

Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

O PCP endereçou um conjunto de perguntas à ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça, preocupado com as consequências ambientais da obra e o seu deputado Alfredo Maia esteve durante esta sexta-feira a visitar novamente o local.

A Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade (FAPAS) manifestou-se já contra a obra, afirmando que iria descaraterizar irremediavelmente esta área protegida, em Ermida, Vilar da Veiga Terras de Bouro, por onde passa o rio Arado.

A FAPAS, representada pelo seu presidente, o biólogo Nuno Oliveira Gomes, também se deslocou, esta sexta-feira, à Cascata de Várzeas, mais conhecida por Cascata do Tahiti, sendo que a obra com início aprazado para 01 de agosto, ainda não começou.

A Câmara Municipal de Terras de Bouro e o seu presidente, Manuel Tibo, não responderam às questões colocadas por O MINHO, incluíndo porque razão as obras ainda não começaram, ao contrário do que o autarca tinha anunciado.

O testemunho de uma sinistrada

Inês Tavares, oriunda de Gaia, sofreu ferimentos na Cascata de Várzeas, mais conhecida por Cascata do Tahiti, há meia dúzia de anos, explicando a O MINHO os cuidados a ter para evitar a sinistralidade que está na origem da projetada obra para visitação.

O caso ocorreu, segundo Inês Tavares, “foi há seis anos, quando eu e um grupo de amigos vinha desfrutar das cascatas, depois com um pé mau pousado nas cascatas, o que fez com que eu escorregasse e tivesse batido com a cabeça”.

Inês Tavares salientou que “no dia seguinte senti-me a passar mesmo mal, com dores na cabeça, na coluna e no cóccix, fiquei bastante dorida, mas inconscientemente não quis ira ao hospital, mas acho que deveria ter ido logo naquela altura para o hospital”.

“Aconselho as pessoas que aqui vêm a terem muito cuidado e a não arriscarem mesmo, virem bem equipadas com bom calçado de boa aderência e a não virem muito carregadas, com muitas coisas, por exemplo com fogareiros”, acrescentou Inês Tavares.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x