A Mundotêxtil, empresa de Vizela que desde há três anos tem atribuído bolsas de estudo aos filhos dos seus funcionários, faturou 40 milhões de euros em 2023.
Em 2022, a empresa tinha faturado 48 milhões, o que representa, portanto, uma queda de oito milhões de euros.
Em entrevista ao jornal Portugal Têxtil, a administradora Ana Vaz Pinheiro nota que foi “um ano calmo” e “de muitos desafios”, apontando a volatilidade das matérias-primas e dos transportes, assim como os conflitos na Ucrânia e Israel como principais condicionantes do crescimento.
“Tudo neste momento é um turbilhão e contribui para que as coisas sejam mais difíceis ainda”, afirma a responsável.
Empregando cerca de 580 pessoas, a retenção de talentos não tem sido um problema, nota a administradora: “Não temos tido problema nenhum a atrair mão-de-obra, também muito fruto da política de recursos humanos que temos, o tipo de salário que pagamos, as regalias que damos aos funcionários, a formação contínua. Por exemplo, é o segundo ano consecutivo em que estamos a oferecer um dia de férias no dia do aniversário. Temos bolsas de estudo para os filhos dos trabalhadores, quer de mérito, quer de apoio social. E temos uma série de iniciativas de apoio à natalidade”, acrescenta.
Como O MINHO noticiou, recentemente, a empresa de Vizela atribuiu, pelo terceiro ano consecutivo, bolsas de estudo a 14 filhos dos seus trabalhadores.
A Mundotêxtil é atualmente uma “referência mundial” na produção de têxteis-lar, sendo um dos maiores produtores de felpos de qualidade no mundo.
Fundada em 1975, e sediada em Vizela, a empresa exporta para mais de 40 países, e tem como clientes alguns dos maiores e mais prestigiados retalhistas mundiais.