O empresário Ricardo Costa, que assumiu recentemente funções de diretor não-executivo do Grupo Bernardo da Costa, do qual era CEO, admite a possibilidade de se candidatar à Câmara de Braga nas eleições autárquicas de 2025, apoiado por um movimento independente de cidadãos.
Foi o próprio que o revelou numa entrevista ao semanário Expresso, confidenciando que se desfiliou do PSD há cerca de três anos, por não se rever nos moldes atuais dos “partidos tradicionais”, na mesma altura em que arrancou com a criação da Associação Empresarial do Minho, da qual deixará de ser presidente em maio deste ano.
Para Ricardo Costa, os “partidos tradicionais” atravessam uma crise onde estão “desatualizados”, sem saber “acompanhar o mundo”, presos “a listas e a carreirismos”, levando a que procure “um projeto motivador, para contribuir para a sociedade”.
“Um presidente de Câmara toma decisões e tem impacto na vida do seu concelho a médio e longo prazo”. Para Ricardo Costa, esse cenário “é desafiante e possível”, e não esconde que o poderá tentar fazer em Braga o que Rui Moreira fez no Porto, com candidatura independente.
Considerado o maior ‘influencer’ no Linkedin em Portugal (tem a conta portuguesa com mais seguidores naquela rede social para contactos profissionais), Ricardo Costa explicou ao jornal que a morte do irmão mais novo num acidente de caça, em Espanha, fez com que repensasse a sua situação no grupo empresarial Bernardo da Costa, acabando por ‘passar’ o lugar de diretor executivo ao ‘número dois’.
O facto de abandonar, também, a presidência diretiva da AEMinho (é agora candidato a presidente do Conselho Geral), por não acreditar que os presidentes executivos destas associações devam exercer o cargo durante muitos anos, “porque correm o risco de se confundirem com as próprias associações”, poderá ‘empurrar’ Ricardo Costa para a participação política.
Na mesma entrevista, o empresário defendeu ainda a criação de uma Área Metropolitana do Minho a englobar as três Comunidades Intermunicipais dos distritos de Braga (Cávado e Ave) e de Viana do Castelo (Alto Minho).