O empresário Mário Ferreira está por estes dias em Viana do Castelo a acompanhar a construção do seu quinto navio de expedições oceânicas, nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
“Avança a todo o vapor a construção do quinto navio de expedições construído em Portugal. Entrámos agora numa fase em que necessitam de acompanhamento mais regular, para que não falhe nenhum detalhe”, explica o dono da Mystic Cruises e da Douro Azul, empresas de turismo náutico e fluvial.
Em fevereiro, o também presidente da maior acionista da TVI, considerou que esta era “mais uma excelente construção dos estaleiros portugueses Westsea em Viana”, elogiando os avanços da construção do seu quinto navio da gama Explorador, que se chamará Discover, juntando-se aos já ativos Explorer, Voyager, Navigator e Traveller.
Recorde-se que a Martifer, que constrói os navios, indicou que a Mystic Cruises, empresa de Mário Ferreira, totaliza uma encomenda de uma “frota de sete navios desta gama”.
Para este quinto navio, Mário Ferreira recorreu a um fundo de investimento norte-americano, depois de ter voltado atrás na candidatura de captação de financiamento comunitário através do PRR.
Em 2023, numa entrevista à Euronews, Mário Ferreira explicou que já trabalhava com os estaleiros de Viana do Castelo antes da concessão que os passou da esfera pública para a privada através de um contrato de concessão à Westsea.
“A mim causava-me muita tristeza ver um potencial daqueles e depois ver os estaleiros que fui visitar na Holanda, na Alemanha, na Croácia. Vamos estar aqui a puxar por este estaleiro quando lá é possível? E conseguimos uma alternativa boa, na altura. Posso dizer que fui um dos motivadores, ao falar com o engenheiro Carlos Martins da Martifer e dizer: “Olhe para aquilo, olhe para aquilo””, recordou o empresário.
Para Mário Ferreira, “o know-how, a experiência, a vontade e a capacidade de engenharia” da Martifer “conseguiram fazer com que aquele estaleiro hoje esteja ao nível do que bem se faz em termos de construção naval na Europa e com capacidade de crescimento no futuro próximo”.
O último navio a ser construído, o World Traveller, foi considerado um hotel 5 estrelas flutuante, com capacidade para 200 passageiros e 117 tripulantes. Leva clientes (sobretudo dos EUA) ao Ártico e à zona do Antártico, nas épocas altas destes dois destinos, rumando para outras paragens, como os fiordes no Norte da Europa, fora desse calendário.