“Há uma agressão claríssima ao Zalazar”

Imagem: Sport TV (Arquivo)

Declarações após o jogo Benfica-SC Braga (3-1), da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado hoje no Estádio da Luz, em Lisboa:

– Rui Duarte (treinador do SC Braga): “Na primeira parte, o Benfica entrou bem, mas equilibrámos logo o jogo e conseguimos potenciar o que somos bons, a ter bola e a desmontar o adversário. Foi um jogo aberto, de parada e resposta e muitas ocasiões de um lado e de outro. Chegámos ao golo numa jogada bem desenhada, com uma boa finalização. Tivemos oportunidades para o segundo golo e também podíamos ter sofrido.

Há uma agressão claríssima ao Zalazar que muda completamente o jogo e não sei como é que passa despercebida. Além do bom futebol, estivemos bem organizados, solidários e sólidos defensivamente. Conseguimos suster o pendor ofensivo do Benfica.

Na segunda parte, o jogo estava controlado. No primeiro golo, não devíamos fazer falta ali, o Borja devia evitar aquele tipo de faltas. O Benfica tem bons executantes e é forte nesse momento do jogo. Ainda assim, continuou equilibrado, com o Benfica com mais bola e mais capacidade para chegar ao golo do que nós. Não estávamos a ser tão pressionantes como na primeira parte e o Vítor Carvalho deu mais músculo para suster o pendor ofensivo do Benfica.

Há outro lance capital, quando estamos cinco jogadores contra dois para fazer o 2-1, completamente isolados, e no lance a seguir a bola acaba na nossa baliza. Depois, o 3-1 já é muito em desespero e a expulsão do Victor Gómez também condicionou. Tentámos mexer com o Bruma e o Rony Lopes para nos darem bola e fazer contra-ataques, conseguimos um ou dois, mas podíamos fazer melhor. Fica um sabor amargo depois da primeira parte e, com o jogo controladíssimo, não levarmos daqui nada”.

– Roger Schmidt (treinador do Benfica): “Foi um jogo difícil. Criámos oportunidades, mas o Sporting de Braga marcou. Estávamos com problemas em acelerar no momento certo ofensivamente. Na segunda parte, mostrámos intensidade, qualidade e paciência. Marcámos três grandes golos e não há dúvida de que merecemos a vitória. Foi uma vitória da mentalidade e da crença. Estou muito feliz pelos meus jogadores.

[Sobre os protestos da claque No Name Boys] Já falei demasiado sobre este assunto nas últimas conferências de imprensa. Hoje, quero falar sobre os outros 50 mil adeptos que nos apoiaram da melhor maneira. Isto é o Benfica e temos de vencer jogos para nos mantermos nas competições. Queremos ser campeões e queremos lutar até ao último segundo, foi o que fizemos hoje. Este é o meu foco.

Muito feliz pelo que o Marcos [Leonardo] fez. Começou em janeiro de forma fantástica, teve algumas dificuldades depois na parte física, mas hoje mostrou novamente um pouco o espírito e a forma do início. A quantidade de golos em poucos minutos mostra a qualidade dele. Estamos a moldá-lo para ser um jogador de topo durante 90 minutos. É essa a nossa tarefa, agora está a ganhar experiência e estamos ansiosos pela próxima época para ter um novo papel.

Não é um segredo [que vai torcer pelo FC Porto no clássico com o Sporting]. Estávamos sete pontos atrás, agora quatro [provisoriamente]. Claro que desejamos que o FC Porto vença.

[Os protestos] Não são por nossa causa. Já aconteceu no passado várias vezes e não é uma novidade. Torna-se mais difícil ter sucesso assim, mas muitas pessoas no estádio mostraram não estar satisfeitas com esta negatividade. Não é fácil lidar com isto, especialmente os jogadores, mas o Benfica é um clube fantástico e por vezes temos de aceitar isto”.

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