As zonas de Este S. Pedro, Este S. Mamede, Gualtar e Tenões, em Braga, estiveram cerca de 17 horas sem luz, entre segunda-feira e as primeiras horas desta terça-feira, devido ao mau tempo.
As populações daquelas freguesias “estiveram sem energia durante todo o dia de ontem, desde as 08:00 até bem depois das 00:00 de terça feira, colocando em suspenso toda a vida de pessoas e negócios, durante mais de 17 horas, em pleno século XXI, quando não se percepcionou qualquer outra perturbação grave em mais nenhum local de Braga, nem Guimarães, Fafe, Famalicão ou Póvoa de Lanhoso”, nota um morador a O MINHO.
Uma outra habitante da zona salientou o facto de haver “pessoas acamadas que precisam de cuidados, bens alimentares estragados e pessoas que ficaram incontatáveis por falta de bateria nos telemóveis”. “Estava previsto mau tempo. Onde estão os piquetes de emergência?”, questiona.
Como O MINHO noticiou ontem, algumas zonas dos distritos de Viana do Castelo e Braga ficaram sem eletricidade devido ao mau tempo.
“Houve uma afetação da rede elétrica nos distritos de Viana do Castelo e Braga. Neste momento a situação tende a normalizar, mas ainda há cliente sem eletricidade. Todas as equipas estão no terreno”, disse aos jornalistas o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, acrescentando que as equipas estavam “a trabalhar para a reposição na totalidade da rede elétrica”.
E-Redes fala em “número residual”
A E-REDES confirma “algumas centenas de casos” de falhas de iluminação de norte a sul do país, devido ao mau tempo, mas salienta tratar-se de um “número residual” numa rede de seis milhões de clientes.
“Sublinhamos que, no momento, a situação vivida é tida como normal, com o registo de algumas centenas de casos de falhas de iluminação a norte e a sul do país, o que, numa rede de seis milhões [de clientes], é um número residual”, avançou à agência Lusa fonte oficial da empresa de distribuição de eletricidade.
Segundo a E-REDES, as equipas da empresa “encontram-se no terreno a atuar nestas zonas, estando as restantes mobilizadas para entrar em ação com a máxima celeridade, caso assim seja necessário”.
“A E-REDES tem em curso o Plano Operacional de Operação em Crise, um instrumento que nos permite estar preparados para atuar e dar resposta a situações de anomalia da rede que possam verificar-se”, referiu.