O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu esta quinta-feira durante o Fórum GLOBSEC 2022 Bratislava, que o Ocidente reforce os seus envios de armas para o seu país de forma a conseguirem conduzir a guerra com a Rússia a um “ponto de inflexão” que permitiria a vitória.
Durante o evento na Eslováquia, Zelensky disse numa teleconferência que as divisões na Europa criaram oportunidades para a Rússia explorar, mas sublinhou que o seu país estava grato pela ajuda prestada pelo Ocidente até agora.
Esta quarta-feira, o Governo alemão disse que vai fornecer à Ucrânia mísseis antiaéreos modernos e sistemas de radar. O chanceler alemão, Olaf Scholz, informou o Parlamento do seu país que o Governo vai intensificar a entrega de armas à Ucrânia, em resposta a críticas de que a Alemanha não estaria a fazer o suficiente para ajudar Kiev perante a invasão russa.
Os EUA anunciaram, na terça-feira, o fornecimento à Ucrânia de sistemas de lançamento de foguetes (rockets) montados em veículos blindados ligeiros, conhecidos pela sigla HIMARS, de ‘High Mobility Artillery Rocket System’.
Estes sistemas têm um alcance de cerca de 80 quilómetros e representam um reforço significativo das capacidades das forças ucranianas, que têm recebido sistemas com um alcance de 40 quilómetros.
O equipamento faz parte de um novo pacote mais amplo de assistência militar dos EUA à Ucrânia no valor total de 700 milhões de dólares (653 milhões de euros, ao câmbio atual), cujos pormenores deverão ser anunciados esta quarta-feira.
No entanto, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, disse esta quarta-feira que a Ucrânia deu “garantias” ao seu país de que não usará novos sistemas de mísseis prometidos por Washington para atingir alvos em território russo.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia já matou mais de quatro mil civis e causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas, mais de 6,8 milhões das quais para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).