O presidente da Ucrânia anunciou esta sexta-feira o pedido formal de adesão a NATO. A apresentação surge na sequência de o seu homólogo russo assinar formalmente a anexação de quatro territórios ucranianos ocupados.
“Estamos a dar o nosso passo decisivo ao assinar o pedido de adesão acelerada da Ucrânia à NATO. Confiamos uns nos outros, ajudamo-nos uns aos outros e protegemo-nos uns aos outros. Esta é a Aliança”, escreveu Volodymyr Zelensky.
A possível entrada da Ucrânia na NATO era justamente uma das razões para o início da invasão da Rússia, em fevereiro. Vladimir Putin chegou a exigir garantias de que o país vizinho não faria parte da aliança.
A anexação oficializada hoje ocorre no oitavo mês da guerra na Ucrânia e depois de as tropas russas terem sofrido derrotas significativas no norte e nordeste do país vizinho.
Putin anexou os quatro territórios ucranianos depois de ter decretado, em 21 de setembro, a mobilização parcial de 300.000 reservistas para reforçar as tropas russas na Ucrânia.
Passando a ser cidadãos russos, os habitantes das quatro regiões poderão ser mobilizados para combater as tropas ucranianas.
A Ucrânia e quase toda a comunidade internacional já anunciaram que não irão reconhecer a anexação.
Nem mesmo parceiros tradicionais de Moscovo, como a China, Índia e Sérvia, apoiaram a iniciativa de Putin.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou, na quinta-feira, que a anexação de territórios ucranianos pela Rússia não tem qualquer valor jurídico.