Está acusado de tráfico de estupefacientes como reincidente. José Fernando Couto, conhecido como ‘Zé Queimado’, de 45 anos, residente em Merelim São Paio, Braga, foi acusado pelo Ministério Público (MP) daquele crime, que terá praticado, ao vender heroína e cocaína, pelo menos 43 vezes.
O problema é que o arguido, que está em prisão preventiva, foi já condenado, em 2012, a sete anos de prisão pela prática do mesmo crime. Saiu em liberdade condicional em 2018, mas – anota o magistrado do MP – “não se conteve”, cometendo os mesmos crimes, e mostrando que a condenação não foi suficiente para o afastar de condutas delituosas.
Agora, e entre 2016 e 2021, foi detetado pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Barcelos, a ir buscar as drogas ao bairro da Pasteleira, no Porto, e ao acampamento de Meães, em Esmeriz.
A droga era, depois, vendida, em Braga, Barcelos e Famalicão. O arguido tinha três veículos, dois automóveis e uma moto – uma Kawasaki – que usava para entregar os estupefacientes. Para tentar despistar a polícia mudava frequentemente de veículo e o mesmo fazia com o telemóvel, recorrendo a um novo cartão de 15 em 15 dias.
Em 31 de maio, a GNR deteve-o em casa, e apreendeu-lhe 770 euros, dois automóveis e a moto Kawasaki. O MP entende que a posse do dinheiro e dos bens resulta do tráfico, pelo que pede a sua perda a favor do Estado.
O processo conta com 16 testemunhas, dois deles militares da GNR.
O Zé Queimado é defendido pelo advogado José Ferreira Araújo, de Braga, que o O MINHO não conseguiu contactar.