O festival de música de Vilar de Mouros vai ter um museu que a Câmara de Caminha espera ter concluído e aberto ao público até maio de 2026, revelou hoje o presidente da autarquia.
“No próximo ano, por esta altura, pode ser que já tenhamos aqui o museu”, avançou Rui Lages, presidente da Câmara, na conferência de imprensa de apresentação do cartaz para 2025.
A Casa do Barrocas, adquirida pela Junta de Freguesia de Vilar de Mouros “há mais de 20 anos” vai acolher o museu, “um espaço de arte, cultura e vivências, dinâmico”, pensado para “honrar os 60 anos do festival”, afirmou.
“O espólio foi sendo reunido pela comunidade. Mas esperamos que este seja também um museu do futuro”, observou o autarca.
O museu vai ter como curador Fernando Zamith, professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e a autarquia desafia “quem possa ter espólio do festival para o entregar à Câmara ou à junta de freguesia”.
Sobre o valor do investimento no museu, o presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, Carlos Alves, disse apenas que “o edifício foi adquirido há mais de 20 anos, graças ao festival”, sem referir o montante envolvido.
Vilar de Mouros é o nome da aldeia minhota do concelho de Caminha, que acolhe o “decano dos festivais de música na Península Ibérica”, segundo a organização.
O primeiro festival de música do país, lançado pelo médico António Barge, aconteceu em 1965 e começou por ser um evento de divulgação da música popular do Alto Minho e Galiza.
A edição de 1971, que lhe deu a fama de ‘Woodstock à portuguesa’, contou com a presença, entre outros, de Elton John e Manfred Mann.