A Câmara de Vizela solicitou à Polícia Judiciária a investigação ao incêndio que destruiu, na madrugada de quinta-feira, o edifício conhecido como “castelo”, propriedade da autarquia, disse à Lusa o presidente Vítor Hugo Salgado.
O autarca referiu estranhar a ocorrência de um incêndio “numa noite fresca, num imóvel centenário, que se encontra vazio, que não tem eletricidade e está encerrado”.
Vítor Hugo Salgado recordou, por outro lado, que a edilidade pretende alienar o edifício, em hasta pública, com a condição de ali ser instalada uma unidade hoteleira.
Face à situação, entendeu-se que o caso devia ser investigado pelas autoridades, acrescentou o edil.
O incêndio foi detetado cerca das 05:00 de quinta-feira e foi combatido pelos bombeiros de Vizela. As chamas destruíram o recheio do imóvel e as coberturas, deixando apenas as paredes em granito.
Vítor Hugo Salgado lamentou o incidente e recordou que o “castelo” é um edifício com grande simbolismo para Vizela, porque foi construído, no início do século passado, para ali serem instalados os Paços do Concelho, o que nunca veio a ocorrer.
Ao longo das décadas, contou, o “castelo” chegou a ser usado como colégio.
Em 2007, a câmara adquiriu o edifício por 900 mil euros, mantendo-se encerrado até à atualidade.
Recentemente, decorreu o processo de hasta pública, com o valor de 1,4 milhões de euros, mas não houve concorrentes.
O presidente da câmara disse hoje à Lusa que o incêndio de quinta-feira “não altera nada” as intenções do município, adiantando que avançará com nova hasta pública e no mesmo valor.