Vizela: Oposição diz que presidente da câmara deve suspender mandato

Devido a suspeitas de violência doméstica
Vizela: oposição diz que presidente da câmara deve suspender mandato
Foto: Lusa

O líder da oposição em Vizela considerou hoje que o presidente da autarquia, o socialista Victor Hugo Salgado, deve suspender o mandato por estar alegadamente envolvido num caso de violência doméstica.

“O senhor presidente não tem condições para continuar no exercício de funções”, afirmou Jorge Pedrosa, vereador da coligação PSD/CDS naquela autarquia.

Para o autarca social-democrata, que falava numa conferência de imprensa, a suspensão de mandato por parte do chefe do executivo deveria ter sido a “postura mais sensata”, logo que foi conhecido o caso através da comunicação social.

O jornal Observador revelou recentemente que Victor Hugo Salgado está a ser investigado por suspeitas de violência doméstica. O jornal avançou ainda que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a GNR confirmam que há um inquérito aberto contra o autarca.

Sobre a matéria, o líder da oposição em Vizela defendeu hoje que o crime público de violência doméstica “não pode ser banalizado” e que, por isso, como vereador e líder da oposição, não pode “ficar indiferente relativamente a um assunto que veio a público como este”.

Recordou, também, que o presidente da câmara não apresentou até ao momento “qualquer tipo de justificação para aquilo que veio a público”, mesmo quando foi hoje confrontado pela oposição em reunião do executivo municipal.

“Nós vamos aguardar serenamente para que o senhor presidente se pronuncie relativamente a esta matéria, porque achamos que é de extrema importância”, acentuou.

O dirigente da oposição em Vizela deixou ainda a questão ao presidente da autarquia sobre se entende ter condições para se recandidatar à liderança do município, mesmo depois de o PS nacional lhe ter comunicado que não o apoiaria nas eleições autárquicas.

Na segunda-feira, Victor Hugo Salgado anunciou que deixará a liderança da Federação de Braga do PS e lamentou a decisão do partido de não o apoiar na sua recandidatura à Câmara de Vizela.

Lembrando não ter sido ouvido nem acusado em qualquer processo, o autarca concluiu que, por isso, o Partido Socialista se precipitou “ao manifestar uma posição de não apoio à sua candidatura nas próximas eleições autárquicas”, algo que diz lamentar.

Sobre as notícias de alegadas agressões à mulher, o autarca socialista de Vizela refere que “em resposta ao julgamento sumário na opinião pública, não tem conhecimento da existência qualquer processo.

“Não fui constituído arguido e estou totalmente disponível para prestar declarações perante qualquer entidade judicial”, disse, num comunicado à imprensa.

 
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