“Em alerta máximo”, é assim que a Câmara de Vizela classifica a situação atual no concelho devido à pandemia de covid-19. Em comunicado, a autarquia revela que há 536 casos ativos, “mais de uma dezena de mortos” e 205 alunos em isolamento profilático.
“Depois de ter passado várias fases durante a evolução da covid-19, a situação do surto epidémico nunca foi tão grave” em Vizela, afirma a autarquia, realçando que, neste momento, “é um dos concelhos do país com maior número de incidência de casos”.
A Câmara aponta que, apesar das medidas preventivas e de monitorização da situação no concelho, “era já uma situação expetável, tendo em atenção diversos fatores”, enumerando, de seguida, quatro.
Primeiro, o facto de Vizela ser um “concelho de alta densidade populacional”; segundo, está no Norte do país, que é uma das regiões mais afetadas; terceiro, na região Norte há “prevalência de um tecido empresarial que depende primordialmente de mão-de-obra mais manual e intensiva, desempenhada essencialmente de modo físico e presencial, sem possibilidade de recurso a formas de trabalho à distância, como o teletrabalho”; quarto, “a proximidade de Vizela dos concelhos mais afetados nesta segunda vaga, como Lousada, Felgueiras e Guimarães”.
“Estamos perante um dos períodos mais desafiadores e excecionais da história recente da nossa sociedade, mas é preciso, acima de tudo, que todos assumam uma atitude de responsabilidade social, pelo que a Câmara Municipal apela, mais uma vez à população vizelense, para respeitar as recomendações das autoridades, em especial o uso obrigatório de máscara, a prática de distanciamento social, a limpeza e desinfeção das mãos e a etiqueta respiratória, para evitar a transmissão da doença na nossa comunidade”, conclui o comunicado.