Vizela e Boavista empataram hoje 1-1, para a quarta jornada da I Liga de futebol, num jogo disputado em Paços de Ferreira e que ficou marcado por dois grandes golos.
Sauer adiantou o Boavista aos 51 minutos, com um remate na quina da área do Vizela, ao ângulo, mas Koffi Kouao não quis ficar atrás e restabeleceu o empate para o Vizela, aos 74, com uma ‘bomba’, de fora da área, conferindo mais justiça ao resultado.
Com este empate, o Vizela subiu provisoriamente ao 11.º lugar, com quatro pontos, ao passo que o Boavista é agora quinto, com sete.
A goleada sofrida em Guimarães fez ‘cair’ Guzzo e Ofori, a juntar ao lesionado Cassiano, do ‘onze’ do Vizela, substituídos por Ivanildo Fernandes, Claudemir e Schettine, pela primeira vez a jogarem de início.
Mudaram os intérpretes, mas o ‘ADN’ da equipa não sofreu mutações, mantendo-se a intensidade e níveis de agressividade altos e uma dinâmica de jogo voltada para a baliza contrária.
Mesmo a jogar em ‘casa’ emprestada, o Vizela procurou mandar no jogo, aproveitando até a disposição tática do Boavista, que hoje estreou Tiago Ilori, substituto do uruguaio Rodrigo Abascal, numa defesa a cinco e quatro elementos no meio-campo, com o recuo dos alas, para dar maior solidez defensiva.
Isso não impediu aproximações perigosas dos vizelenses, que privilegiavam os corredores, sobretudo, mas, também, a espaços, a profundidade, com lançamentos longos, face a um Boavista sólido atrás, com uma boa saída de bola, mas ‘órfão’ de alguém na frente que pudesse apoiar Yusupha e aproveitar as segundas bolas.
Nuno Moreira, aos 14 minutos, e Schettine, por duas vezes, aos 21 e 24, ainda assustaram o guarda-redes brasileiro do Boavista, mas o verdadeiro ‘xeque’ às balizas pertenceu ao boavisteiro Makouta, aos 34, com um remate por cima da baliza de Charles, quando estava enquadrado, após cruzamento de Hamache da esquerda.
A forma de jogar do Boavista acomodava-se melhor à situação de vantagem no marcador, que viria a concretizar-se aos 51 minutos, por Gustavo Sauer, mais forte na lateral do que Kiki Afonso, que parecia ter ganho a posição, com o brasileiro, depois, a avançar para a área e a rematar de pé esquerdo ao ângulo, num grande golo, candidato ao melhor da jornada.
Em desvantagem, o Vizela intensificou a pressão, mas sem criar grande perigo para um Boavista que parecia ter o jogo controlado. Só que o lateral Koffi Kouao tirou um autêntico ‘coelho da cartola’, aos 74 minutos, e empatou o jogo, com um remate de fora da área, sem possibilidades de defesa para Bracali.
O golo deu ânimo redobrado ao Vizela, que ainda carregou em busca do tento da reviravolta, mas o melhor que a equipa conseguiu foi obrigar Bracali a uma defesa de recurso, já nos descontos, a remate de Samu.
O final do jogo ficou marcado por uma ‘dura’ reprimenda do técnico vizelense Álvaro Pacheco ao seu jogador Igor Julião, que não saiu do banco, bem audível no estádio.
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira.
Vizela – Boavista, 1-1.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores:
0-1, Gustavo Sauer, 51.
1-1, Koffi Kouao, 74.
Equipas:
– Vizela: Charles, Koffi Kouao (Richard Ofori, 90+3), Bruno Wilson, Ivanildo Fernandes, Kiki Afonso, Claudemir (Raphael Guzzo, 84), Marcos Paulo, Kiko Bondoso, Samu, Nuno Moreira (Francis Cann, 84) e Schettine (Zohi, 61).
(Suplentes: Ivo Gonçalves, Marcelo, Richard Ofori, Raphael Guzzo, Igor Julião, Alex Méndez, Zohi, Tomás Silva e Francis Cann).
Treinador: Álvaro Pacheco.
– Boavista: Rafael Bracali, Tiago Ilori, Chidozie, Javi García, Nathan Santos (Pedro Malheiro, 88), Sebastián Pérez (Tiago Morais, 88), Makouta, Hamache (Filipe Ferreira, 60), Gustavo Sauer, Yusupha (Vukotic, 68) e Kenji Gorré (Musa, 68).
(Suplentes: Alireza, Pedro Malheiro, Filipe Ferreira, Rodrigo Abascal, Tomás Reymão, Vukotic, Tiago Morais, Luís Santos e Musa).
Treinador: João Pedro Sousa.
Árbitro: Rui Costa (AF Porto).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Sebastián Pérez (36), Marcos Paulo (37), Samu (56), Kiki Afonso (81), Rafael Bracali (90+4) e Musa (90+5).
Assistência: 1.243 espetadores.