O Benfica regressou hoje aos triunfos e à liderança da I Liga portuguesa de futebol, graças a um tento de Rafa que selou o resultado de 1-0 ao ‘cair do pano’ do encontro com o Vizela, referente à nona jornada.
Num jogo mais ‘transpirado’ do que ‘inspirado’, com muita luta e várias arrancadas ‘vertiginosas’, ambas as equipas criaram situações para marcar, mas, na hora de atirar à baliza, ‘pecaram’ quase sempre na decisão, constituindo uma rara exceção o lance em que o atacante ‘encarnado’, em pleno ‘coração’ da área, marcou o terceiro golo para o campeonato, em resposta a cruzamento de Pizzi.
Depois da primeira derrota para o campeonato, frente ao Portimonense (1-0), e da goleada sofrida na quarta-feira, perante o Bayern de Munique (4-0), para a Liga dos Campeões, a equipa treinada por Jorge Jesus regressou aos triunfos e, mais do que isso, ao topo da tabela, tendo passado a somar 24 pontos, mais do que o segundo classificado, FC Porto, e do que o terceiro, Sporting.
Já a formação minhota perdeu a invencibilidade na condição de anfitriã e manteve o 12.º lugar, com nove pontos.
Com Diogo Gonçalves em vez de André Almeida na posição mais à direita da linha média, as ‘águias’ controlaram a bola na maioria da primeira parte (64% de posse), mas com frequentes dificuldades para criar roturas na defensiva vizelense, quase sempre compacta, também por ‘obra’ do seu meio-campo.
Como ‘corolário’ de um arranque movimentado, com o Benfica a assumir o jogo perante um Vizela que atacava sempre que podia, mal recuperava a bola, o minuto 10 foi o mais ‘frenético’ da primeira metade, com duas ocasiões para cada lado.
Assistido por Yaremchuk, Darwin isolou-se e contornou Charles, mas perdeu o ângulo de remate e a oportunidade de ‘inaugurar o marcador’, 30 segundos antes de, na outra ‘ponta’ do relvado, Vlachodimos negar o golo a Samu, depois de atirar contra Schettine numa reposição de bola.
Perante a réplica dos homens vestidos de azul, os pupilos de Jorge Jesus tentaram pausar o ritmo de jogo, controlando a bola com paciência, antes de a fazerem chegar aos elementos mais avançados, mas ‘esbarraram’ num bloco defensivo bem organizado, que antecipou quase sempre as combinações ‘encarnadas’, algo lentas na execução.
Apesar da escassa presença na área, a formação lisboeta teve tempo para ameaçar o golo num remate de Diogo Gonçalves travado por Charles, aos 31 minutos, e num cabeceamento de Lucas Veríssimo, aos 33, antes da formação da casa, ‘embalada’ por um apoio ruidoso, obrigar Vlachodimos a nova defesa atenta, em ‘disparo’ de Alex Méndez, aos 40.
A pressão benfiquista em redor da área vizelense intensificou-se no começo da segunda parte, traduzindo-se em situações de golo como o cabeceamento de Darwin para defesa de Charles, aos 53 minutos, e o remate de Grimaldo por cima, aos 58, mas a equipa de Jorge Jesus continuou a ‘pecar’ nas decisões tomadas em certos lances.
O Vizela recusou, porém, ‘desaparecer’ do jogo e continuou perigoso no contra-ataque, ameaçando desfazer o ‘nulo’ ao minuto 63, quando Schettine entrou na área com espaço para finalizar, mas preferiu entregá-la a Nuno Moreira, que rematou contra um adversário, quando a defesa ‘encarnada’ estava já recomposta.
Nos últimos 25 minutos, as ‘águias’ tentaram várias rotas para alvejar a baliza de Vlachodimos, principalmente a da ala direita, graças à ação do recém-entrado Radonjic, mas raramente conseguiram espaço entre a ‘muralha’ defensiva para deixar a baliza de Charles em situação de ‘perigo iminente’.
A equipa minhota continuou a atacar quando podia e provocou ainda alguns ‘calafrios’ na área benfiquista, durante o período de descontos, antes de, nos últimos segundos, sofrer o ‘golpe de misericórdia’, desferido por Rafa Silva.
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio do FC Vizela, em Vizela.
Vizela – Benfica, 0-1.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores:
0-1, Rafa, 90+8 minutos.
Equipas:
– Vizela: Charles, Igor Julião, Aidara, Ivanildo Fernandes, Kiki, Claudemir (Zag, 79), Marcos Paulo, Samu, Alex Méndez (Bruno Wilson, 90+4), Nuno Moreira (Francis Can, 90+4) e Schettine (Kiko Bondoso, 65).
(Suplentes: Ivo Gonçalves, Bruno Wilson, Raphael Guzzo, Kiko Bondoso, Zag, Ofori, Alvarado, Tomás Silva e Francisco Cann).
Treinador: Álvaro Pacheco.
– Benfica: Vlachodimos, Lucas Veríssimo, Otamendi, Vertonghen, Diogo Gonçalves (Radonjic, 70)), João Mário (Taarabt, 84), Weigl, Grimaldo (Everton, 70), Rafa, Yaremchuk (Gonçalo Ramos, 70) e Darwin Nuñez (Pizzi, 84).
(Suplentes: Hélton Leite, Gilberto, Everton, Meite, Radonjic, Taarabt, Gonçalo Ramos e Morato).
Treinador: Jorge Jesus.
Árbitro: Luís Godinho (AF Évora).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Alex Méndez (41), Aidara (44), Kiki (58), Lucas Veríssimo (68), Radonjic (86) e Everton (90+6).
Assistência: cerca 5.000 espetadores.