O presidente da Câmara de Vizela disse hoje defender a desagregação da União de Freguesias de Tagilde e S. Paio, indicando que vai ser iniciado o processo formal que espera ver concluído em julho.
“Presumimos ser essa a vontade das populações”, comentou Vítor Hugo Salgado, em declarações à Lusa.
Segundo o autarca, há motivações históricas, sociais e até de rivalidades desportivas que justificam a desagregação apoiada pela câmara municipal.
Não obstante, referiu a intenção de haver uma “discussão ampla e participada” deste processo, com a realização de sessões de esclarecimento à população das freguesias e audição dos partidos políticos, além da auscultação formal dos órgãos da freguesia (assembleia e executivo), assembleia municipal e executivo municipal, nos termos legais.
“Esperamos ter tudo concluído na segunda quinzena de julho e enviar então todo o processo para ser apreciado na Assembleia da República”, previu.
Aquele concelho do distrito de Braga, criado em 1998, tem uma segunda união de freguesias, na área da cidade (S. Miguel e S. João), com cerca de 10 mil habitantes, que o autarca entende dever manter-se, por ter “mais-valias para o território”.
O facto de as duas antigas freguesias se situarem na área urbana, apontou, não suscita tantas “questões de identidade”, como as que se observam, por exemplo, em Tagilde e S. Paio, onde a desagregação é “vontade das populações”.