O Ministério Público acusou um empresário de Vizela por insolvência dolosa agravada e falsificação. Outros dois arguidos são também acusados de falsificação.
Antes do processo de insolvência da empresa que geria, o homem cedera bens no valor de mais de 400 mil euros a uma outra empresa que constituíra. Em conluio com os outros dois acusados, elaborou documentos falsos para tentar demonstrados que os bem apreendidos já não eram propriedade da insolvente à data da apreensão.
“O Ministério Público considerou indiciado que por sentença transitada em julgado no dia 19.03.2015, proferida em processo de insolvência com termos corridos no Tribunal Judicial de Braga (Guimarães, juízo central do comércio), foi declarada insolvente a sociedade que um dos arguidos geria, com sede em Vizela; que nesse processo só foram apreendidos bens que, vendidos, possibilitaram uma receita de €9.000; e que não foram apreendidos outros bens porque o referido arguido, ciente das dificuldades económicas da empresa, os cedera já, em 2013 e 2014, a uma outra empresa que constituíra, assim os subtraindo à liquidação dos créditos, no montante global de €423.890,97”, refere nota publica na página da internet da Procuradoria-Geral Distrital do Porto.
O Ministério Pública refere ainda que, “procurando livrar alguns bens da apreensão concretizada no processo de insolvência, o arguido, em 2015, conluiou-se com outros dois elaborando documentos – faturas e guias de transporte- que pretendiam simular transações e demonstrar assim que os bens apreendidos já não eram propriedade da insolvente à data da apreensão”.