O treinador do SC Braga frisou hoje que as vitórias trazem “confiança no processo” e desejou a mentalidade certa na receção aos romenos do Cluj, quinta-feira, da segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa de futebol.
Os minhotos venceram fora na primeira mão, por 2-1, pelo que partem em vantagem para o jogo decisivo, de acesso ao play-off, última etapa antes da fase de liga da competição, mas o espanhol Carlos Vicens notou que o jogo da Roménia serve a ambas as equipas de análise para planear a segunda mão.
“Vamos entrar com mentalidade de fazer um jogo muito bom para estar no play-off”, frisou, na conferência de imprensa de antevisão, notando que “ganhar jogos e ter resultados positivos aumenta sempre os níveis de confiança”.
Depois da vitória face ao Cluj, o SC Braga também entrou a vencer na I Liga, ao bater em casa o Tondela por 3-0.
“Sabíamos que, no início de época, com um novo treinador, com um processo novo de trabalho, os resultados ajudam, dão-nos tranquilidade, confiança no processo. Estamos a ir no bom caminho, sabendo que há muitas coisas a melhorar”, disse.
O jogo com o Tondela, no domingo, trouxe dificuldades nos primeiros 25 minutos, com os beirões a disporem de três boas ocasiões para marcar.
O treinador defendeu que o trabalho que está a desenvolver “está em todos os momentos” do jogo.
“Não pode estar só na construção de jogo ou em chegar ao último terço. Todas as situações são importantes para termos êxito. Estamos a construir a nossa identidade e o nosso processo, sendo que o foco é no dia-a-dia”, frisou.
Sobre Chissumba, emprestado ao Alverca, referiu ter sido uma “possibilidade de ir para um clube que tem um treinador que o conhece [Custódio Castro]”.
“Pensámos que seria uma boa opção para jogar e ser um jogador importante, não que não fosse aqui. Já o conhecíamos da época passada, mas aqui ia ter mais competição nessa posição. Mas, sabemos que o futuro de Chissumba tem que ser aqui em Braga para ser um jogador importante no futuro”, frisou.
Por seu lado, Paulo Oliveira referiu que “o Cluj teve uma semana para preparar o jogo” e tem o embate da primeira mão “como referência”, pelo que o Sporting de Braga espera um adversário “com mais noções de como pode criar dificuldades”.
Titular neste início de época, o experiente defesa central de 33 anos notou que a equipa joga com “um sistema diferente” da época passada e também com “uma mentalidade um pouco diferente”.
“Como todos os processos, levam o seu tempo. Vejo com agrado a nossa evolução. Está longe de ser perfeita, do que queremos e desejamos, mas antevejo um futuro risonho, porque o processo está a ser assimilado e a competitividade interna também é boa”, disse.
Para um dos ‘capitães’ da equipa, “a consistência vai-se vendo ao longo dos jogos e com o decorrer da época”.
“O difícil é pôr 11 cabeças a pensar na mesma coisa e ao mesmo tempo. Temos variabilidade no nosso jogo, é muito bom para desmontar os adversários, mas acarreta um nível de concentração e um sentido tático mais forte”, explicou.
SC Braga e Cluj defrontam-se a partir das 19:30 de quinta-feira, no Estádio Municipal de Braga, num jogo que será arbitrado pelo alemão Sascha Stegemann.
Caso eliminem o Cluj, os bracarenses vão defrontar no play-off o Lincoln Red Imps, de Gibraltar, ou o Noah, da Arménia. Se forem eliminados pelos romenos, os ‘arsenalistas’ serão relegados para a Liga Conferência, disputando o play-off da terceira competição de clubes da UEFA com os suecos do Hacken ou os noruegueses do Brann.