Declarações após o jogo Sporting de Braga-Portimonense (3-0), da 10.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
Carlos Carvalhal (treinador SC Braga): “Antevia-se um jogo difícil com o Portimonense, que nos quatro jogos anteriores fora, venceu três e empatou um, foi vencer ao Benfica e ao Vitória SC, deslocações difíceis.
São uma boa equipa muito forte do ponto de vista atlético, com jogadores rápidos no ataque, muito fortes na defesa também, mas nós interpretámos bem o que tínhamos que fazer, os jogadores foram inexcedíveis no plano de jogo.
A primeira parte foi de grande qualidade, de grande personalidade, fomos muito pressionantes e com domínio constante, fizemos muito para fazer golos e revelámos ainda alguma falta de eficácia, porque merecíamos ter ido para intervalo com outra vantagem.
Na segunda parte, o Portimonense reagiu, fizemos o 2-0, depois as transações não saíram tão bem como queríamos, há uma boa oportunidade para o Nakajima, mas nós tivemos também mais ocasiões para marcar, excelentes defesas do guarda-redes.
Fizemos o 3-0 e não fizemos o 4-0 num golo cantado. Foi uma vitória inteiramente justa, no quinto jogo seguido sem sofrer golos – muito importante esse registo. Aumentámos os níveis de concentração e a equipa está a crescer.
(Melhor exibição da temporada?) Não sei, com o Vitória SC também fizemos uma boa exibição, tal como com o Boavista e Midtjylland [para a Liga Europa]. Estamos a melhorar, a equipa correspondeu com maior maturidade, está mais coesa e mais agressiva, corrigiu erros e não está a repeti-los, mas por se ganhar não está tudo bem, assim como quando se perde não está tudo mal. Estamos a ir para o nosso melhor.
(Nova titularidade de Vitinha) Tenho três jogadores ao mesmo nível, mas com características diferentes. Os avançados não são só para fazer golos, são muito para fechar a equipa, para estar coesa, no nosso modelo é muito mais exigido que só fazer golos, estamos satisfeitos com os três, avançará para jogo o que for melhor tendo em contra a especificidade do jogo”.
Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Não querendo retirar mérito à qualidade do Braga, penso que colaborámos com a nossa entrada em jogo. Foi, quiçá, o nosso pior jogo da temporada.
Entrámos completamente a dormir na primeira parte, que foi muito mal conseguida, muito pouco confiantes com e sem bola, estivemos irreconhecíveis em relação ao que tínhamos vindo a fazer.
Alterámos esse padrão na segunda parte, mas demos uma grande tranquilidade ao Braga que podia estar a ganhar justamente ao intervalo por mais um ou dois golos. Fomos muito passivos na forma como abordámos o jogo.
A segunda parte foi diferente, depois da conversa ao intervalo conseguimos jogar futebol e dividir o jogo com o Braga, mas o Galeno tirou um ‘coelho da cartola’, um grande golo em qualquer lado do mundo.
Ainda tivemos uma boa ocasião, pelos 75 minutos, pelo Nakajima, que podia ter relançado o jogo e intranquilizado o Braga, mas o guarda-redes fez uma grande defesa e não conseguimos materializar a nossa qualidade na segunda parte.
A dupla substituição foi para poder pressionar mais alto. Havia muito espaço nas costas da defesa do Braga, o Renato não estava a tirar partido disso, depois o Nakajima entrou e teve três ou quatro solicitações, podíamos ter explorado isso mais vezes”.