O Vitória SC perdeu com o FC Porto, esta quarta-feira, por 2-1, na segunda meia-final da Final Four da Taça da Liga, em Braga.
As duas equipas até entraram neste jogo com pouca vocação ofensiva e preocupando-se em limitar os espaços do adversário, protagonizando musculadas, mas inconsequentes batalhas no meio-ampo, que afastavam a bola das ambas as balizas.
Esta toada durou cerca de 20 minutos, até o FC Porto descobrir, finalmente, uma brecha na defensiva vimaranense, com Marega a escapar-se e, de ângulo difícil, esboçar um remate,que Douglas desviou, acabando a bola por sobrar para Uribe, que, de longe, tentou um remate, mas sem a melhor pontaria.
A esta primeira investida dos ‘azuis e brancos’, o Vitória foi respondendo em contra-ataques a explorar a velocidade pelas alas, que, apesar de criarem alguns desequilíbrios na marcação do FC Porto, acabavam por pecar na definição final.
Apesar desses atrevimentos dos minhotos, o FC Porto, que com alguma surpresa se apresentou sem Danilo nos eleitos para este desfio, foi conseguindo impor um ligeiro ascendente, sobretudo a partir da meia hora de jogo, protagonizando as suas melhores oportunidades.
O guardião vitoriano, Douglas, mostrou-se em destaque, quando, aos 32 e 42 minutos, se impôs, com intervenções atentas, a um remate de Marega e um cabeceamento de Mbemba, respetivamente.
Ultrapassados estes apuros, o melhor momento ofensivo do Vitória nesta etapa inicial só surgiu em cima do intervalo, num remate de Davidson, que saiu um pouco por cima da baliza de Diogo Costa, mantendo o nulo com que se chegou ao descanso.
No reatamento, os dois conjuntos surgiram com mais intencionalidade, impondo velocidade nas saídas para o ataque, sobretudo o Vitoria, e aproveitando os erros contrários para se aproximarem das balizas.
A emoção do golo acabou por surgir em dose concentrada. Aos 65 minutos, o Vitória ‘desatou o nó’, colocando-se em vantagem, através de uma grande penalidade cobrada por Tapsoba, a castigar falta de Soares sobre Bonatini na área portista.
No entanto, os festejos dos vimaranenses não durariam mais do que um minuto, pois a reposta do FC Porto revelou-se letal, com Alex Telles a protagonizar um forte remate, de longe, que resgatou o empate, aos 66, impondo o primeiro golo sofrido pelos minhotos nesta edição da prova.
Com tudo, de novo, em aberto, a partida ganhou dinamismo, mas acabou por ser o FC Porto a ver premiada a insistência, operando a reviravolta, aos 75, num desvio precioso de Soares a um passe de Corona, que desenhou a jogada, aguentando a débil marcação de Florent.
Este segundo golo dos ‘dragões’ foi um golpe demasiado duro para os vimaranenses assimilarem, que, ainda assim, não atiraram a ‘toalha ao chão’ e no último lance do desafio, já aos 90+5, chegaram a introduzir a bola na baliza portista, no que seria o golo do empate, invalidado com recurso ao VAR.
Os portistas defrontam na final de sábado o SC Braga, que eliminou ontem o Sporting.
Ficha de Jogo
Jogo disputado no Estádio Municipal de Braga.
Vitória SC – FC Porto, 1-2.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores:
1-0, Tapsoba, 65 minutos (grande penalidade).
1-1, Alex Telles, 66.
1-2, Soares, 75.
Equipas:
– Vitória SC: Douglas, Victor Garcia (Rochinha, 83), Tapsoba, Pedro Henrique, Florent, Pêpê, André André (Dénis Poha, 71), Lucas Evangelista (João Pedro, 77), Marcus Edwards, Davidson e Léo Bonatini.
(Suplentes: Miguel Silva, Frederico Venâncio, Rafa Soares, Dénis Poha, João Carlos Teixeira, Rochinha e João Pedro).
Treinador: Ivo Vieira.
– FC Porto: Diogo Costa, Corona, Marcano, Mbemba, Alex Telles, Sérgio Oliveira, Uribe (Manafá, 68), Otávio (Vítor Ferreira, 86), Luis Díaz, Marega (Romário Baró, 78) e Soares.
(Suplentes: Marchesín, Manafá, Diogo Leite, Vítor Ferreira, Romário Baró, Fábio Silva e Aboubakar).
Treinador: Jorge Silas.
Árbitro: Jorge Sousa (Associação de Futebol do Porto).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Corona (30), Marcano (71), Luis Díaz (89) e Pepê (90+2).
Assistência: 13.102 espetadores.
(notícia atualizada às 23h04)