A administração da SAD do Vitória SC reagiu ao final da noite às buscas realizadas no âmbito da operação “Fora de Jogo”, que passaram esta quarta-feira pela sede do clube vimaranense.
“No âmbito de buscas alargadas a vários locais do País, a Vitória Sport Clube – Futebol, SAD confirma que recebeu, esta quarta-feira, uma equipa de inspetores, tendo esta solicitado acesso a documentação respeitante à atividade desta Sociedade e referente aos anos entre 2010 e 2020, incidindo sobretudo no período compreendido entre 2015 e 2018”, confirmou o clube, em comunicado enviado à imprensa.
“Respeitando a função das autoridades, às quais prestou total colaboração, a Vitória Sport Clube – Futebol, SAD deseja e confia que este mega processo se conclua com celeridade, salvaguardando o bom nome da instituição e dos seus representantes”; pode ler-se.
“A Vitória Sport Clube – Futebol, SAD não pode deixar de notar, lamentando-o, que estas operações se revistam de uma espectacularização que, nada acrescentando às investigações, contribui apenas para criar na opinião pública um anátema genérico que não favorece a real identificação e ação sobre eventuais ilícitos que se verifiquem no âmbito desta atividade e dos seus agentes”, conclui o comunicado.
O MP realizou hoje “cerca de duas dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias”, por suspeitas de negócios simulados entre clubes de futebol e terceiros, com valores a rondar os 15 milhões de euros.
Em comunicado, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) deu conta da realização destas buscas em instalações de Sociedades Anónimas Desportivas (SAD), empresas e escritório de advogados.
O MP acrescenta que estas diligências foram ordenadas na sequência da análise do material apreendido no decurso das buscas realizadas em março de 2020, na operação então designada de ‘Fora de Jogo’, e que “os factos em investigação são suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal, fraude à segurança social e branqueamento de capitais”.
A operação ‘Fora de Jogo’ levou, em 04 de março de 2020, à constituição de 47 arguidos, 24 pessoas coletivas e 23 pessoas singulares, após buscas em várias entidades ligadas ao universo do futebol.