O Vitória SC arrecadou 34 milhões de euros (ME) em janeiro, a maior receita de sempre num mercado de transferências, gerada com os passes de cinco jogadores, informou hoje o clube da I Liga portuguesa de futebol.
Em nota publicada no sítio oficial, os vitorianos apresentam um valor acumulado que supera em 74% o anterior recorde vitoriano em ‘janelas’ de transferências, fixado no ‘mercado’ de verão de 2022/23, com 19,6 ME, números ligeiramente superiores aos do inverno de 2019/20 (18 ME), do verão de 2023/24 (17,15 ME) e do verão de 2018/19 (13,6 ME).
A transferência do lateral direito Alberto para a Juventus, da Série A italiana, assegurou aos vitorianos o ‘encaixe’ mais avultado de janeiro – 12,5 ME, com eventuais receitas adicionais de 2,5 ME, mediante o cumprimento de objetivos, e de 5% de mais-valia de uma possível venda futura do português de 21 anos.
Já a saída do médio Manu Silva para o Benfica garantiu uma receita de 12 ME ao clube minhoto, que pode ainda receber mais dois milhões associados a objetivos, além de dispor de 20% de mais-valia numa futura transferência do português de 23 anos.
Contratado pelo Al Hilal, clube saudita treinado pelo português Jorge Jesus, o extremo brasileiro Kaio César, de 20 anos, rendeu nove milhões aos ‘cofres’ vitorianos.
O defesa Jorge Fernandes também rumou à Arábia Saudita, para representar o Al Fateh, treinado pelo português José Gomes, por 400 mil dólares (385 mil euros), enquanto o extremo Nélson da Luz assinou a título definitivo pelo Qingdao West Coast, mediante um negócio de 200 mil euros, após um ano a jogar nos chineses por empréstimo.
As receitas nesta fase da época são ainda mais elevadas se for contabilizada a saída do treinador Rui Borges para o Sporting, oficializada em 26 de dezembro de 2024, com os ‘leões’ a pagarem 4,1 ME, valor a distribuir entre Vitória e Moreirense, clube que o técnico de 43 anos orientou na época 2023/24.
Em sentido inverso, a SAD vitoriana despendeu 10 ME em janeiro, valor repartido pelos investimentos nos passes de Kaio César e de Manu Silva e pelas contratações do médio Beni Mukendi, do extremo Vando Félix e do defesa Filipe Relvas.
Os vimaranenses pagaram 1,5 ME por 60% do passe de Kaio César, conforme previa o empréstimo dos brasileiros do Coritiba, firmado no início da presente época, e mais 2,7 ME pelos restantes 40%.
O clube minhoto também adquiriu a totalidade dos direitos económicos de Manu Silva antes da venda às ‘águias’, ao pagar 400 mil euros ao Feirense, antigo clube do médio, para garantir 30% do passe e 700 mil para assegurar os 20% que restavam.
Quanto aos reforços, o Vitória pagou três ME ao Casa Pia para adquirir 80% do passe de Beni Mukendi, com a opção de comprar mais 10% por 300 mil, e pagou um milhão ao Torreense para garantir 75% do passe de Vando Félix, num acordo que inclui obrigação de compra de mais 5% dos direitos económicos por 300 mil euros, mediante objetivos, e opção de compra de outros 5% por 300 mil.
A contratação de Filipe Relvas ao Portimonense obrigou os vitorianos a pagarem 700 mil euros por 70% do passe, num negócio que prevê opção de compra de mais 20% por 400 mil.
Já os empréstimos do defesa Hevertton Santos, pelos ingleses do Queens Park Rangers, e do avançado Umaro Embalo, pelos neerlandeses do Fortuna Sittard, são livres de encargos, com o emblema nortenho a dispor de opções de compra de dois ME pela totalidade do passe do lateral direito e de 850 mil por 80% do passe do extremo.
Ainda no que respeita a saídas, o defesa Tomás Ribeiro rumou ao Farense a título definitivo, numa transferência a ‘custo zero’, em que os vitorianos garantem 20% da receita de uma futura venda.
O ponta de lança Adrián Butzke rumou ao Mirandés por empréstimo, com o clube espanhol a poder comprar 70% do passe por 600 mil euros, enquanto o médio Zé Carlos reforçou o Farense e o avançado José Bica ingressou no Leixões, em empréstimos até ao final da época sem opção de compra.