O número de visitas ao Núcleo Museológico do Castelo, na Póvoa de Lanhoso, “bateu recordes” nos meses de junho a setembro, com cerca de seis mil pessoas a visitarem o complexo, anunciou esta sexta-feira a autarquia.
Em comunicado, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso adianta que no verão de 2015 aquele núcleo museológico, que tem expostos artefactos datados do século I antes de Cristo (a.C.), recebeu mais 1.700 pessoas em relação a igual período de 2014.
“Quando, em 2011, reabrimos este Núcleo Museológico, dissemos que estávamos a dar mais um contributo para potenciar todos os recursos do nosso concelho de modo a colocá-los ao serviço da melhoria da qualidade de vida dos povoenses, incentivando a dinamização do comércio, do alojamento e da restauração, e podemos constatar que foi isso mesmo que aconteceu”, salienta no comunicado o presidente da autarquia, Manuel Batista.
Isto porque, segundo o autarca, os visitantes, “a pretexto do Castelo, visitam a Póvoa de Lanhoso, fazem refeições nos restaurantes e cafés, dormem nas unidades de alojamento, fazem compras no comércio local”.
A origem do Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso remonta aos anos 30 do século XX quando foram postos a descoberto vestígios de um povoado fortificado, designado de Castro de Lanhoso, que se insere no contexto da denominada cultura castreja.
Das intervenções arqueológicas no local resultou o aparecimento de inúmeros artefactos que permitem compreender e estudar a ocupação castreja na Póvoa do Lanhoso.
Alguns destes achados estão em exposição no Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso, como é o caso do capacete de Lanhoso, ornamentado com figuras geométricas, com pequena argola, para engate da corrente, e uma estátua sedente em granito, de braços apoiados sobre os joelhos e pernas dobradas em ângulos retos, representando, possivelmente, um chefe da comunidade castreja.