Famalicão
Visita guiada: O Labirinto que se descobre de tocha na mão em Famalicão
Conheça o Labirinto das Artes d’A Casa ao Lado, numa reportagem de Pedro Antunes Pereira (texto) e Paulo Jorge Magalhães (imagens)
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Dez salas em forma de labirinto percorrem-se de tocha na mão. É a pequena luz que vai desvendando uma viagem por diferentes épocas, a começar na arte rupestre e a acabar na técnica de Vhils. O Labirinto das Artes fica na freguesia de Requião, em Vila Nova de Famalicão, numa quinta bucólica e onde o relógio pára enquanto se descobrem as técnicas do grafismo que atravessaram a história mundial.
Antes de deambularem pelo labirinto, os repórteres de O MINHO são recebidos pela directora artística d’ A Casa do Lado, entidade responsável pelo projeto. Joana Brito explica que “o labirinto das artes é espaço de aprendizagem onde movimentos artísticos, estéticas e estilos são apresentados num percurso criativo”.
Pretende ser complementar aos programas curriculares e por isso, “quisemos fazer as coisas mais apelativas”. Tudo foi idealizado e concretizado pela equipa d’A Casa ao Lado, o que dá um lado ainda mais inovador ao projeto.
No fundo, em todo o espaço estão presentes “a criatividade, a expressão individual e a capacidade de representação” que, “esperemos seja fomentada em quem nos visita. O grafismo, que hoje é muito visível, seja através do grafiti seja através de Vhils, sempre existiu desde a pré-história, de diferentes formas, feito com diferentes materiais”.
E é isso que o Labirinto das Artes pretende ensinar. No final da visita, os participantes são incentivados a interpretar graficamente o Paleolítico, o tema em destaque até abril de 2020.
“A linogravura, a cravação, pirogravura, pintura mural e modelação são algumas das técnicas que podem ser testadas.
O MINHO conheceu o percurso ao pormenor aqui explicado de forma simples.
Viagem pelo Labirinto
Sala 1
A escuridão toma conta do percurso. A pequena tocha é acesa e nas paredes são revelados os primeiros ‘desenhos’. Estamos na pré-história e no Paleolítico onde estão representadas cenas de caça desenhadas a carvão ou a sangue. Os humanos são linhas simples.
Sala 2
Na Idade do Metal, e já a viver em comunidade, inicia-se a técnica da cravação e inspiram-se na natureza para fazer os seus desenhos.
Sala 3 Entra-se no Egipto com os hieróglifos a dominar; há arte decorativa, a figura humana é mais complexa mas sempre desenhada de lado, em posição fixa mas os olhos não estão de lado.
Nos sarcófagos pintam-se os faraós.
Sala 4
Inspirada no Epito, a arte grega apresenta o corpo humano de forma mais realista distinguindo pernas e braços, com movimentos mais naturais. Aparecem as primeiras sombras e algum brilho.
Sala 5
Arte romana. Nas figuras humanas as imperfeições não desaparecem. O brilho e as sombras assumem um maior papel e a noção de profundidade começa a dar os primeiros passos. As cenas do quotidiano, como a aprendizagem e o estudo são retratadas e a escultura, sobretudo de bustos, aparece em muitos lugares.
Sala 6
Com a Idade Média, chega o Cristianismo. As figuras não têm detalhes porque o objectivo era passar a mensagem o mais depressa possível. Surgem as iluminuras, livros com letras artísticas decoradas com imagens. Os vitrais, na idade gótica, começam a tomar conta das igrejas, há linhas e tons bem definidos. No bizantino, o dourado assume o protagonismo e o brilho dá a noção de profundidade.
Sala 7
O Barroco desenvolve a noção de profundidade e perspectiva, as imagens têm paisagens e surge a ilusão de óptica. As figuras assumem o brilho e as sombras são mais naturais. Os tetos prolongam a profundidade com o desenho de nuvens. No neoclássico, Pompeia é a referência, a arte romana e grega são redescobertas mas com muita irrealidade e fantasia à mistura: pessoas felizes, meigas. O contraste é dado no Romantismo onde as cores escuras são marcadas por fortes pinceladas e as pessoas retradas de forma infeliz.
Sala 8 e 9
Na reta final do labirinto, chega-se ao século XX. Com a chegada dos tubinhos de tinta, foi possível passar a pintar no exterior e a natureza torna-se um desafio porque tudo está em movimento. Por isso, as pinceladas são mais rápidas e mais enérgicas. No pós-impressionismo, as pinceladas deixam de ser tão soltas e passam a dar uma maior noção de realismo.
Entramos no expressionismo com as cores a serem importantes, fortes e os contornos a serem aplicados. No cubismo, os objectos são desenhados no mesmo quadro em todas as posições através de formas geométricas. É no futurismo que se idolatram as imagens em movimento e se apela à criatividade.
Segue-se o dadaísmo, com os edifícios compostos por objectos do quotidiano, onde se brinca com os tamanhos. Há ainda referências ao expressionismo abstracto e à pop art quando a arte chega aos produtos.
Sala 10
A ultima sala, mais não é do que uma parede com uma ‘imitação’ do trabalho de Vhils, representado por uma figura cravada com uma picareta. É como se voltássemos ao início do labirinto.
Labirinto das Artes que está pronto para receber visitas. O projeto inclui ainda um conjunto de três laboratórios e oficinas, e um espaço verde e de lazer, com excelentes condições para fazer piqueniques. O público-alvo são grupos de crianças e jovens do pré-escolar até ao secundário, mas destina-se também a famílias e público em geral.
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A Câmara de Vila Nova de Famalicão anunciou hoje o cancelamento da edição deste ano das Marchas Antoninas, por falta de condições para a preparação e ensaios, na sequência das limitações impostas pela pandemia da Covid-19.
Em comunicado, a Câmara sublinha que a decisão de cancelar o “momento alto” das Festas Antoninas, que se realizam em junho, “não significa o total cancelamento de todo o programa cultural e desportivo da edição deste ano, cuja realização será posteriormente avaliada pelo executivo municipal consoante a evolução da pandemia”.
Refira-se ainda que, da reunião com as cerca de 15 Instituições/associações que participam nas Marchas Antoninas, que decorreu no passado dia 13 de janeiro, o tema do desfile para 2022 será o mesmo que tinha sido aprovado para 2020 e adiado para 2021: “Jornais de Vila Nova”.

A GNR resgatou um cão “que se encontra em perigo e a vaguear pela via pública” em Lousado, no concelho de Famalicão.
Numa publicação na sua página de Facebook, o Comando Territorial de Braga adianta que o animal “ficou ao cuidado do canil municipal de Famalicão” e “não possui chip de identificação”.
Já na quarta-feira passada, a GNR resgatou um cão com início de hipotermia em Landim, também no concelho de Famalicão.
O animal terá caído de uma altura de três metros, ficando preso entre um muro e a cobertura de um parque de estacionamento, desconhecendo-se o tempo em que ali esteve.
GNR resgata cão que estava em princípio de hipotermia em Famalicão
A GNR, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente, tem como preocupação diária “a proteção dos animais, apelando à denúncia de eventuais situações de maus-tratos ou abandono”.
Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.

Quatro pessoas sofreram ferimentos na sequência de agressões na via pública no concelho de Famalicão, este domingo, apurou O MINHO junto de fonte dos bombeiros.
A situação ocorreu ao início desta tarde na Rua do Monte, freguesia de Telhado, com o alerta para as autoridades a ser dado pelas 14:26.
Sem especificar os motivos da altercação, ou sequer porque estariam pessoas na via pública durante o confinamento geral, o pedido de auxílio mobilizou três ambulâncias dos Bombeiros Famalicenses e duas viaturas da GNR.
Os feridos, todos ‘ligeiros’, foram encaminhados para o Hospital de Famalicão com hematomas e escoriações.
As forças de segurança estão a apurar o que terá originado as agressões.
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