Vinhos verdes vão investir três milhões de euros em promoção

A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) planeia investir este ano três milhões de euros em promoção, contando para tal com financiamentos nacionais e europeus.

O objetivo é dar sequência a uma “estratégia de longo prazo encetada há mais de uma década” e exportar metade da produção dentro de três anos, “com clara valorização da marca”, salientou hoje a responsável pelo marketing da CVRVV, Carla Cunha, na apresentação do programa de promoção da região para este ano.

Num almoço com a comunicação social, o presidente da CVRVV começou por realçar que 2015 proporcionou, “finalmente, uma boa vindima”.

“Estávamos há vários anos a precisar de uma boa vindima” e 2015 correspondeu, visto que “foi superior em 20% à do ano passado”.

Em termos geras, o ano “fica marcado por excelentes resultados” da região. As exportações absorvem 40% produção, ultrapassaram os 22 milhões de litros, com destaque para os brancos, e renderam 51,7 milhões de euros, mais 10% face ao ano anterior.

“As castas loureiro e alvarinho a crescerem mais de 15%” e continuam a ser as de “maior valor”, o que significa “maior faturação para as empresas”, destacou Manuel Pinheiro.

A CVRVV salienta que “as exportações representavam apenas 15% do total das vendas” há 15 anos, tendo desde então crescido sem parar e quase sempre a um ritmo anual superior a dois dígitos

“Os brancos mantiveram os excelentes resultados do período homólogo anterior, enquanto os rosados representam já 5% do negócio do vinho verde” e afirmam-se de dia para dia, acrescentou, realçando que os espumantes registaram um “forte crescimento”.

O espumante foi o produto dos vinhos verdes que demonstrou “mais dinamismo”, tendo-se verificado “um aumento de 38 mil para 148 mil garrafas, fruto da abertura ao novo método de produção em cuba fechada que está a atrair investimentos na região”.

A Comissão destaca “a valorização conseguida” durante 2015, “uma vez que o volume pouco mais poderia crescer, dado que a reserva proveniente da vindima de 2014 era muito baixo”.

Manuel Pinheiro afirmou que 205 terminou com as “reservas praticamente esgotadas”, o que releva a necessidade de aumentar a produção e assim satisfazer a procura crescente de vinho verde, sobretudo nos mercados externos.

O mercado dos Estados Unidos destacou-se ao importar mais 31% de vinhos verde, confirmando-se como líder.

A CVRVV realçou que o mercado norte-americano comprou 12,5 milhões de euros de vinho verde em 2015, seguindo-se a Alemanha (9,3 milhões), a França (6), o Canadá (3,6, o Brasil (2,8) e a Suíça (2,2).

O mercado português absorveu 60% da produção e aumentou “8,2% em volume e 11% em valor”, sendo que “o cliente nacional continua muito atento aos preços e às promoções”.

A nível interno, o Alentejo é a região que mais vinho vende e dos vinhos verdes surge no segundo lugar.

Para 2016, a CVRVV elegeu dez mercados-alvo de promoção, entre eles Portugal, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Brasil e, pela primeira vez, Japão, o que resulta do “maior dinamismo e orientação das vendas externas”.

 
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