A docente Mariana Silva é o primeiro nome indicado pelo Partido Ecologista Os Verdes (PEV) para integrar a lista da CDU às eleições europeias, encabeçada pelo comunista João Ferreira, anunciou hoje o partido.
Numa nota enviada às redações, o PEV refere que a “primeira candidata de Os Verdes nas listas da CDU ao Parlamento Europeu é Mariana Silva, 36 anos, natural de Guimarães, professora, membro do Conselho Nacional e da Comissão Executiva do PEV”.
O Conselho Nacional do PEV reuniu-se em Lisboa para analisar a situação nacional e “delinear a intervenção” do partido “para os próximos meses”, tendo-se pronunciado sobre diversos assuntos.
Quanto ao setor da saúde, Os Verdes consideram que existe uma “guerra aberta, em várias frentes, ao Serviço Nacional de Saúde [SNS], nomeadamente a chantagem feita pelo setor privado em relação à desvinculação da ADSE”.
Por isso, o PEV aponta “que o Governo e o PS têm que deixar bem clara a sua posição face ao SNS”.
“Se de facto defendem o SNS, essa posição não se pode expressar apenas em declarações de princípios, mas sim na tomada de medidas concretas e urgentes, nomeadamente com a contratação de mais recursos humanos, para garantir o bom funcionamento desta importante conquista de abril, tão fundamental para a população”, lê-se no comunicado do Conselho Nacional Ecologista.
Relativamente ao ambiente, o partido regista “o agravamento de situações ambientais preocupantes em todo o país”, entre as quais “a expansão galopante do olival intensivo em todo o Alentejo, com os enormes impactos que daí advêm para a água, para os solos e para a saúde pública”.
Neste sentido, o PEV decidiu “dedicar as suas próximas jornadas parlamentares a essa matéria”.
As preocupações manifestadas pelo partido prendem-se também com “a degradação das zonas mineiras abandonadas e os riscos que daí ocorrem para as populações envolventes”, e com a “possibilidade de o Governo dar um aval à construção da Barragem do Fridão (suspensa há três anos, no seguimento das conversações conjuntas entre o PEV e o PS), decisão que teria impactos ambientais, sociais e económicos gravíssimos para os concelhos de Mondim de Basto e Amarante e para a Bacia Hidrográfica do Douro”.
“Os Verdes determinaram que estas situações serão alvos da ação ecologista, tanto a nível local como nacional nos próximos tempos”, é referido no comunicado.