O presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, disse hoje que quer construir em Prado, onde vai decorrer o campeonato do mundo de canoagem de maratona a partir de segunda-feira, um Centro de Alto Rendimento.
O autarca frisou que Prado, vila separada pelo rio Cávado do concelho de Braga, vai receber a segunda maior participação de sempre neste tipo de provas, com cerca de 1.000 atletas de 38 países.
António Vilela disse existir a vontade de o município criar mais infraestruturas para o desenvolvimento da modalidade, nomeadamente “construir um Centro de Alto Rendimento” que possa trazer mais atletas para treinos e provas.
“Estamos atentos aos fundos comunitários e vamos desafiar o Governo para fazer uma parceria connosco”, disse.
O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Victor Félix, frisou que existe um “mercado” nesta área que pode e deve ser explorado por clubes e municípios.
“Há muitas equipas que a partir de janeiro até abril passam temporadas em Portugal, como na região do Douro, Aguieira, Mértola ou Odemira, os clubes e municípios devem estar atentos para criarem fontes de financiamento”, notou.
As provas do campeonato do mundo de maratona começam na segunda-feira e prolongam-se até domingo e o responsável federativo desejou que “José Ramalho consiga juntar um título inédito” na categoria K1.
Victor Félix disse que, em 2018, Portugal é a “capital mundial da canoagem”, lembrando os mundiais de canoagem em Montemor-o-Velho da última semana em que Fernando Pimenta se sagrou campeão do mundo em K1 1.000 e 5.000 metros.
“Aliou-se uma boa organização desportiva a dois títulos mundiais e isso é impar no desporto português e na canoagem portuguesa”, disse.
Ruud Heijsellar, do comité internacional de maratonas e da Federação Internacional de Canoagem, destacou que Prado “é o único local do mundo que recebeu os três maiores eventos do mundo da canoagem: o campeonato da Europa de maratona, a Taça do Mundo de maratona e agora o campeonato do mundo de maratona, isto no espaço de cinco anos”.