Os credores da extinta Associação Industrial do Minho (AIMinho), rejeitaram propostas de compra do antigo edifício-sede, em Braga, por serem inferiores a 1,5 milhões de euros, o valor mínimo pedido.
Fonte ligada ao processo disse a O MINHO que a venda em leilão eletrónico vai continuar até que apareçam ofertas “consentâneas com o real valor do prédio”.
No primeiro leilão, os credores pediam 2,36 milhões, sendo 2,06 milhões (85 por cento da avaliação feita ao prédio) o valor mínimo; mas não apareceu ninguém para o adquirir por esse valor. A sede de Braga, sita em São Lázaro, tem cave, rés-do-chão e dois andares.
IEMinho
Entretanto, e no que toca ao edifício do IEMinho- Instituto Empresarial do Minho/Centro de Incubação de Empresas, de Soutelo, Vila Verde, O MINHO soube que a Câmara de Vila Verde pretende adquirir o seu edifício, que foi posto à venda em hasta pública e através de leilão eletrónico por 1,320 milhões de euros.
A AIMinho era o principal acionista do instituto. Ao que soubemos, o município poderia comprar o prédio, por montante não divulgado, mas queria ficar, em simultâneo, com a posse do organismo, “totalmente livre de dívidas”.
A proposta teria que ser aprovada pelos credores, o que ainda não sucedeu. Recorde-se que o Tribunal de Famalicão, em assembleia de credores, decidiu liquidar o organismo, cujo edifício-sede alberga 44 empresas.
MinhoPark
No que concerne ao outro ativo da AIMinho, em Monção, e conforme noticiámos, a empresa Construções Gabriel Couto, SA pediu, no Tribunal de Comércio de Famalicão, a insolvência da Minho Park Monção – Parque Empresarial do Noroeste Peninsular, SA devido a faturas não-pagas. O pedido segue-se à recente insolvência da Associação Industrial do Minho (AIMinho) que era a sócia maioritária, com 90 por cento, do empreendimento.
O MinhoPark foi criado em 2008 entre a AIMINHO e a Câmara de Monção, para a construção de um parque empresarial com 90 hectares e 80 lotes, destinado a captar empresas industriais, quer de Portugal quer da Galiza, Espanha. A sua implementação está parada há dois anos, devido a um litígio com o fisco de 2,2 milhões por causa do IVA, que corre no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.
O MinhoPark enfrentava, ainda, um pedido de devolução de dois milhões de euros de fundos comunitários e uma dívida ao Novo Banco de cerca de três milhões. Ou seja, sem financiamento e com a AIMinho já extinta em em liquidação, o MinhoPark ficou nas mãos dos credores
A câmara monçanense está interessada na continuação do projeto. A liquidação da AIMinho, decretada em 2018, pelo Tribunal de Famalicão, está a ser coordenada pelo administrador judicial, o advogado bracarense, Nuno Albuquerque.