Tarjas pretas e painéis de sensibilização e denúncia foram expostos, na manhã desta sexta-feira, em edifícios do Município de Vila Verde, numa iniciativa da Câmara para assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
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Nas fachadas dos edifícios dos Paços do Concelho e das bibliotecas municipais de Vila Verde e Prado, foram colocadas tarjas pretas, com o objetivo de sensibilizar a comunidade em geral para o flagelo da violência contra as mulheres. As pessoas são também desafiadas a deixar as suas opiniões sobre o problema.
“Por uma vida que seja, devemos todas e todos mobilizarmos e fazermos o que estiver ao nosso alcance para erradicar o flagelo da violência, que afeta particularmente as mulheres, mas atinge toda a sociedade em geral”, alertou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Fernandes, citada em comunicado da autarquia.
Conforme denunciam os painéis expostos, 28 mulheres foram assassinadas este ano, entre 01 de janeiro e 15 de novembro, de acordo com os números divulgados pelo Observatório de Mulheres Assassinadas. Destes assassinatos, 22 foram femicídios (mortes de mulheres relacionadas com questões de género), tendo os restantes ocorridos noutros contextos. Das 28 mulheres, 25 tinham filhos. Dos ofensores, nove suicidaram-se após cometerem o crime e dois tentaram o suicídio, enquanto 17 estão em prisão preventiva.
“É uma barbárie contra a própria humanidade. São mortes intoleráveis. Importa continuar e intensificar esta luta pela defesa da vida e da dignidade humana”, comentou Júlia Fernandes.
A presidente da Câmara de Vila Verde e os restantes elementos do executivo marcaram presença no átrio dos Paços do Concelho, onde foi colocada a tarja e um painel com informações e fotografias das mulheres assinadas este ano.
A iniciativa é desenvolvida em associação com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género – CIG e União das Mulheres Alternativa e Resposta – UMAR. Insere-se no Plano de Ação 2022-2023 do Plano Municipal para Igualdade e Não Discriminação de Vila Verde, no âmbito da candidatura do Projeto “Pró-Igualdade no Cávado” ao Programa Operacional Temático para a Inclusão Social e Emprego (POISE), cofinanciado a 85% pelo Fundo Social Europeu (FSE).