Com a chegada do verão, de turistas e elementos da comunidade minhota emigrada em França faz com que a produção de lixo doméstico aumente de forma exponencial durante as quatro semanas de agosto, levando a que os pontos de recolha fiquem saturados poucas horas depois de terem sido alvo de recolha.
Um dos pontos mais sensíveis nessa matéria são os contentores da Rua 25 de Abril, na freguesia da Loureira, em Vila Verde, que poucas horas depois de uma recolha por parte da empresa responsável, voltam a encher.
Pedro Dias, presidente da Junta, apela à população que espere pelas horas de recolha para colocar o lixo no local, evitando que o mesmo se aglomere durante dias à face da Estrada Nacional 101, na entrada do centro de Vila Verde. Apela ainda a uma maior fiscalização e a aplicação de coimas para os prevaricadores.
“Sabemos que nesta altura aumenta muito o volume de lixo, com a chegada dos emigrantes, mas temos todos de ter bom senso e civismo e em vez de atacar os autarcas ou quem recolhe o lixo, passar a adotar medidas cívicas que possam ajudar a atenuar a situação”, disse o autarca a O MINHO.
Pedro Dias aconselha a que se coloque o lixo nos horários certos, depois de terem sido colocadas tabelas com os horários da recolha. “Se o camião vem às 14:00 horas de sábado, eu não vou lá pôr o lixo na quinta-feira, ainda por cima com o contentor cheio”, contextualiza.
“Naquele local específico (Rua 25 de Abril) o camião passa às segundas, quartas e sábados. Ontem já estava tudo a abarrotar. Hoje o camião passou e agora ao fim da tarde os contentores já estão cheios outra vez. E vão ficar assim até segunda-feira”, refere.
O autarca apela ainda à população para que solicite a recolha de monos por parte do município, de forma gratuita, que às quartas-feiras vai uma carrinha da Câmara para fazer essa recolha. Fala ainda de lixo de obras, muitas delas ilegais, que também é depositado nos contentores domésticos.
“Peço ainda aos residentes noutras freguesias do concelho que não deixem o lixo nestes ecopontos”, lamenta, assumindo que “por ser local de passagem de carros”, há sempre alguém que vai lá deixar lixo.
Mas não será só o civismo a ter de entrar em ação para resolver esta questão. O autarca crê que deveria existir mais fiscalização perante quem deposita lixo fora dos horários recomendados. “E se tiver que se aplicar coimas, pois bem, que se apliquem”, afirma.
“Sem regras a sociedade deixa de ser sociedade e passa a ser uma selva”, finaliza.