Camila é uma menina de nove anos que nasceu com uma malformação na zona facial que a impediu o seu desenvolvimento cognitivo normal. Hoje tem 14 anos mas o QI de uma criança de 11. Necessita de uma cirurgia que custa mais de quatro mil euros. A mãe, solteira e com três filhas, lançou uma campanha para angariar fundos.
A progenitora, Emília Marques, criou uma página de Facebook intitulada “Movimento solidário. Vamos ajudar a Camila” com todas as informações sobre o caso da filha e pedindo ajuda.
“A Camila nasceu com uma malformação craniana na zona facial. Essa malformação foi detetada apenas quando a Camila já tinha nove anos. Essa malformação afetou-lhe o nariz e o maxilar. Devido a essa malformação no nariz a Camila não recebia oxigenação cerebral suficiente para ter um desenvolvimento cognitivo normal. Por isso foi operada de urgência, quando se descobriu. Fisicamente ficou bem. Mas com um grande défice de desenvolvimento cognitivo”, explica Emília Marques.
“Hoje a Camila já tem 14 anos com um QI de uma criança de 11. Desde essa altura a Camila é acompanhada em várias especialidades diferentes, desde Pedopsiquiatria, Oftalmologia, Otorrino, Estomatologia, etc. Ora como tivemos que esperar pelo seu crescimento facial para examinar e avaliar a possibilidade de uma cirurgia ortognática, só agora descobrimos um novo problema na Camila”, acrescenta a mãe.
E prossegue: “Desde criança os dentes de leite nunca caíam, os dentes de adulto erupcionavam ao lado dos de leite. E com isto o dentista ia removendo os dentes de leite para dar espaço para os dentes de adulto crescerem e irem ao lugar de forma natural.
O mesmo não aconteceu com os dentes frontais. Os dentes de leite continuavam lá e não havia sinal dos dentes definitivos”.
“Com isto, pós consulta de Estomatologia desconfiou-se que esses dentes pudessem não existir. Procedeu-se então a um estudo no qual se verificou que os dentes estão estagnados no céu da boca mas na posição quase horizontal”, esclarece.
Assim, a médica propôs “duas soluções”: operar a menina com anestesia geral e remover os dentes definitivamente ou proceder a outro tipo de cirurgia que consiste em fazer aberturas no céu da boca e puxar esses dentes com auxilio de um aparelho ortodôntico.
É este último o tratamento que a mãe quer que Camila faça, porque “ninguém gosta de ver um filho sem dentes definitivos”.
Emília Marques salienta que “o tratamento será articulado entre o hospital público e uma clínica privada”, sendo que “tudo o que for possível fazer de forma gratuita no hospital será feito para reduzir os custos de tratamento”.
Mas Emília procurou “todas as clínicas que existem no concelho” e a mais barata apresentou um orçamento de 4.163 euros.
“Poderia pagar parceladamente? Podia. Se a credora associada aceitasse. Não tenho rendimentos para conseguir um financiamento em lado nenhum. Sou mãe solteira de três meninas e não aprovam. Com isto venho apelar à vossa solidariedade”, conclui.
O IBAN para as transferências é o seguinte: PT50 0007 0000 0077 2630 3182 3.
A campanha também está na plataforma GoFundMe.