Vila Verde aprova Orçamento de 42,9 milhões de euros com voto contra do PS

“O mais avultado de que há memória”
Vila verde aprova orçamento de 42,9 milhões de euros com voto contra do ps
Foto: DR / Arquivo

A maioria PSD na câmara de Vila Verde aprovou hoje um orçamento de 42,9 milhões de euros para 2021 assente na “responsabilidade social, rigor financeiro e melhoria da qualidade de vida”, mas a oposição aponta “dados irrealistas” no documento.

Em comunicado enviado à Lusa, a autarquia explica que as Grandes Opções do Plano (GOP) 2021-2025 e o Orçamento para 2021, contemplam “obras estruturantes para o concelho de Vila Verde”, tendo sido aqueles documentos “orientados por princípios de equilíbrio e sustentabilidade orçamental, não obstante as incertezas resultantes da pandemia COVID-19”.

Em 2021, prevê o Orçamento de Vila Verde, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) “mantém-se no nível mais baixo de 0,3%, sendo reduzido para as famílias com dois ou mais filhos”.

Para além disso, “são garantidas isenções de taxas urbanísticas para construção de habitação para as famílias carenciadas e para os jovens até 35 anos”.

Mantêm-se “os apoios ao investimento com isenções das taxas urbanísticas aplicáveis aos empreendimentos turísticos, agropecuários, florestais e industriais”.

O executivo tenciona ainda isentar as pequenas empresas do pagamento de derrama, bem como aplicar um “novo regulamento para atribuir benefícios fiscais em sede de IMI, de IMT e de derrama a todos os investimentos que contribuam para a criação de novos postos de trabalho”.

Outro dos objetivos é isentar instituições e associações com “reconhecido relevante papel social genericamente de isenções de taxas municipais” e mantêm-se as isenções e o tarifário social no âmbito das tarifas da água e do saneamento básico para as famílias numerosas e mais carenciadas.

“Este documento estratégico, o mais avultado de que há memória, para o concelho de Vila Verde, vai de encontro aos anseios da nossa população. Este é um documento realista que define a estratégia de crescimento para os próximos anos do nosso concelho”, explica no texto o presidente da autarquia, António Vilela.

O autarca deixa ainda críticas ao PS: “Alguém que vota contra este documento só pode ser alguém que está desligado da realidade do concelho, das suas responsabilidades autárquicas ou apenas o faz por pura demagogia e populismo”, afirma.

Em declarações à Lusa, o vereador do PS, José Morais, devolve as acusações afirmando que o Orçamento tem “os vícios habituais de uma gestão à deriva, sem ideias e que planeia 2021 com dados irrealistas e, de forma nunca antes vista, [prevê] um autêntico assalto aos bolsos dos vilaverdenses, sob forma de receitas IRS, IMI e Derrama”.

O PS afirma ainda que “é inevitável o sentimento de descrédito perante uma proposta que irrealista devido à já habitual baixa taxa de execução das Receitas de Capital demonstrada nos anos anteriores”.

A maioria é ainda criticada por não ter incluído no documento “nenhuma das 10 propostas” apresentadas pelos socialistas.

 
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