A Câmara de Vila Verde aprovou hoje, por unanimidade, um conjunto de “medidas de apoio” no âmbito do combate à pandemia covid-19, que abrange o processo de vacinação, ajudas à restauração e a alunos em ensino à distância.
A proposta do presidente da autarquia, António Vilela, a que a Lusa teve acesso, destaca que a pandemia causada pelo novo coronavírus veio “agravar debilidades” e levou a uma “quase paralisia da atividade económica”, o que justifica as medidas aprovadas por “caber às autarquias a promoção e salvaguarda” das suas populações nos domínios da Saúde, Ação Social, Educação, Ensino, Transportes, entre outras.
Nas medidas aprovadas, categorizadas em quatro setores – Saúde, Transportes, Economia e Ensino -, estão a ajuda com “apoio logístico” ao processo de vacinação, a garantia de serviço mínimos de transportes e o fornecimento de meios informáticos “que assegurem o acesso” dos estudantes às aulas em regime não presencial.
No âmbito da saúde, aquela autarquia do distrito de Braga compromete-se a “proporcionar apoio logístico para a implementação de um Centro de Vacinação Covid-19 no concelho” e a “assegurar o transporte a todos os utentes que não disponham de condições para se deslocarem ao centro de vacinação”, bem como a “aquisição e disponibilização de testes rápidos para responder prontamente a possíveis surtos de covid-19”.
Na área dos transportes, a Câmara de Vila Verde assumiu “garantir uma rede essencial ao nível da oferta de transporte público de passageiros de modo a que seja assegurado um serviço mínimo que permita às pessoas deslocarem-se para os seus locais de trabalho”.
Quanto à economia, a proposta aprovada centra-se na restauração e passa por “proporcionar a 100% uma isenção nas tarifas fixas e variáveis de água, saneamento e resíduos para os estabelecimentos de restauração e bebidas cuja média de consumo não exceda os 50% do consumo mensal aferido em 2019 e aplicar nos meses de março, abril e maio de 2021”, refere o texto.
Aos alunos do concelho a autarquia assumiu “garantir os meios informáticos que assegurem o acesso a atividades letivas em regime não presencial, nomeadamente através da cedência temporária de computadores e placas de Internet móvel”.
É ainda garantida a alimentação a alunos dos escalões A e B, “bem como aos filhos dos profissionais dos serviços essenciais que recorrem às escolas de acolhimento”, e “assegurar o transporte dos alunos (…) para apoios terapêuticos prestados nos estabelecimentos de ensino especial, pelos centros de recursos para a inclusão”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.885 pessoas dos 778.369 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China