O presidente da Câmara de Vila Real pediu hoje um reforço de meios no terreno para combater o incêndio que lavra no concelho desde sábado e robustecer o trabalho feito pelos operacionais que estão desgastados.
Durante a tarde o fogo provocou preocupações junto de aldeias como Mascoselo, Gontães e Currais, situações que, segundo Alexandre Favaios, estavam ao final da tarde, aparentemente, “mais estáveis”.
Em Mascoselo os populares ajudaram os operacionais e, em Gontães, verificou-se uma complementaridade entre o trabalho feito pelos meios aéreos e os terrestres.
Este incêndio, que deflagrou sábado à noite, em Sirarelhos e já se estendeu ao concelho de Mondim de Basto, mobilizava pelas 19:00 cerca de 530 operacionais e mais de 170 viaturas.
“O que me parece fundamental, sinceramente, é um reforço efetivamente de homens que tenham a capacidade e poder físico maior, porque o que se está a notar é o desgaste, os bombeiros estão muito cansados e as populações também, porque estão ansiosas por ver a conclusão de todo este drama que vai assolando”, afirmou Alexandre Favaios à agência Lusa.
No município de Vila Real não há, até agora, danos em casas ou pessoas, embora um veículo dos bombeiros de Alcochete tenha sido atingido pelo fogo e tenha ficado, numa primeira avaliação, inoperacional.
Alexandre Favaios disse que este tem sido “um combate difícil” devido a uma conjugação de fatores como as mudanças repentinas do vento, quer da direção quer da intensidade.
Tem-se verificado também, acrescentou, dificuldade de ir consolidando o trabalho feito em terrenos em que há uma carga combustível extremamente elevada, em que o fogo vai remoendo e depois provoca reacendimentos.
“Já são dois dias nesta situação, as populações estão efetivamente preocupadas com o estender de todo este incêndio e os bombeiros estão particularmente cansados, daí este apelo a esse reforço de meios e homens que venham robustecer o fantástico trabalho que tem sido feito”, defendeu.
O presidente da Câmara de Vila Real disse ainda esperar por esse robustecimento e frescura para, ainda no dia de hoje, se “por cobro a esta situação”.
“Esperemos que as próximas horas tragam alguma acalmia”, frisou.